São cerca de 500 imigrantes que estão jejuando, se prostrando ao chão, demonstrando fé. Em Tijuana, eles iniciaram o jejum indefinido em um abrigo para estrangeiros, surpreendendo os oficiais de imigração
Da Redação – Se há empenho e desafios para chegar à fronteira dos EUA, na esperança de entrar no país, agora, os imigrantes pedem a ajuda divina para conseguir asilo político, e fazem o jejum indefinido, pedindo a Deus socorro espiritual. São cerca de 500 imigrantes que estão jejuando, se prostrando ao chão, demonstrando fé. Em Tijuana, centenas de imigrantes jejuam para conseguir asilo – a iniciativa deixa os oficiais de imigração intrigados.
Imigrantes de várias nacionalidades, que estão abrigados em um centro para acolher estrangeiros, na cidade fronteiriça de Tijuana, desde a segunda-feira (7) começaram a jejuar. Todos esperam que seus pedidos de asilo sejam atendidos nos EUA, pois a maioria está aguardando há mais de três meses.
O pastor Albert Rivera Cólon, diretor do abrigo, disse que o jejum indefinido surgiu por iniciativa de dois imigrantes, já que eles não querem tomar a alternativa de cruzar a fronteira sem documentos. “Eles sabem dos riscos que correm e preferem pedir a Deus que interceda por eles”, acrescentou o religioso.
“Os imigrantes estão em uma corrente de jejum, pedindo a Deus que resolva o problema que está existindo por parte da Justiça, porque com todos os problemas que têm ocorrido com os juízes federais, já faz mais de dez dias que não recebemos nenhuma pauta e isso é isso para nós fez uma injustiça”, informou o pastor.
No abrigo, localizado a mais de 20 quilômetros do porto fronteiriço de San Ysidro, vivem cerca de 500 imigrantes. Todos estão apreensivos, alegou Albert Rivera, e essa situação de não obter pedidos de asilo vem afetando o humor de cada um deles.
O grupo de imigrantes se reuniu na segunda feira (7), na Igreja do Abrigo para conhecer as novidades do aplicativo da “Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA – CBP-One”, e iniciar o jejum.
“O jejum também é para Deus, porque estamos acostumados a pedir tudo a ele, mas não fazemos nenhum sacrifício por ele”, finalizou o pastor, que acompanha os imigrantes em jejum.
