Acordo que proíbe separação de famílias na fronteira entra em vigor nos EUA

Crianças não poderão mais serem separadas dos respectivos pais, com o acordo em vigor nesta segunda-feira (11)

A ação foi movida em 2018 para bloquear a política de “tolerância zero” do governo Trump, que separava pais indocumentados de seus filhos quando tentavam entrar nos EUA. O acordo entra em vigor nos EUA

Da Redação – A partir desta segunda-feira (11), entra em vigor o acordo aprovado pelo juiz federal em San Diego, que proíbe as autoridades norte-americanas de separarem famílias de imigrantes na fronteira – desde outubro deste ano aguardava aprovação. A ação foi movida em 2018 para bloquear a política de “tolerância zero” do governo de Donald Trump, que separava pais indocumentados de seus filhos quando tentavam entrar nos EUA.

Os adultos foram enviados para centros de detenção e os menores para abrigos. Com isso, mais de 5.000 famílias que cruzaram a fronteira entre os EUA e o México foram separadas, sem nenhum plano de reunificação. Imagens de crianças sozinhas em centros de detenção geraram indignação –um filho de apenas seis meses foi separado dos pais na época.


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Denúncias de ativistas dos Direitos Humanos apontam que cerca de mil crianças continuam separadas. Estas crianças permanecem espalhadas pelos EUA, vivendo com parentes, amigos da família ou sob supervisão estatal. O advogado Lee Gelernt, principal interessado na causa, disse que a manutenção de registros da administração Trump foi desastrosa. Ele rastreia o paradeiro dos responsáveis pelas crianças pequenas, que continuam sem os pais. “Há anos procuramos essas famílias”, ressalta.

O secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, sinalizou que a Casa Branca não tem planos de separar famílias. “É vital que aderimos aos valores fundamentais do nosso país e não nos desviaremos disso”, disse ele.

O ex-presidente Donald Trump disse várias vezes que, se eleito novamente, não descartaria a reimplementação da política, que disse ser eficaz para dissuadir a imigração. “Se uma família ouve que vai ser separada, eles amam a família, não vêm”, disse Trump durante uma reunião na Câmara Municipal em maio. “Eu sei que parece duro.”

Mas o acordo de hoje, aprovado pela juíza distrital dos EUA, Dana M. Sabraw, afirma que, durante os próximos oito anos, cruzar a fronteira ilegalmente não será mais motivo para separar uma família.



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