Negócios, palestras e bom público marcam Jornada Empreendedora

Negócios, palestras e bom público marcam Jornada Empreendedora

Palestrantes renomados, empresários de sucesso e público dinâmico consolidam êxito da Jornada Empreendedora, que abriu frentes de negócios e fortaleceu o mercado de trabalho para investidores brasileiros nos EUA

Edição de abril/2018 – pág. 05 e 06

Negócios, palestras e bom público marcam Jornada Empreendedora

Tal qual o esperado, a “Jornada Empreendedora” contou com a presença de público recorde nos corredores do hotel Loews Sapphire Falls, em Orlando, acompanhando palestras, e podendo conferir de perto as oportunidades de negócios disponibilizadas durante três dias – 28, 29 e 30 de março. O evento foi promovido pela USA on Business, no complexo da Universal Resorts.

Foi dada a grande chance para que empreendedores brasileiros pudessem apresentar seus respectivos projetos à equipe capitaneada por Bradley Hilton, especializada em investimentos. Um passo importantíssimo no mercado de negócios, evidenciado pelo economista Carlos Hilsdorf – um dos palestrantes mais disputados do mundo –, que considerou a “Jornada Empreendedora” um divisor de águas na vida do empresariado brasileiro nos EUA.


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Segundo os organizadores, o Profit Room foi iniciativa do Legion Capital Corp, de Bradley Hilton, instalado na “Feira de Negócios da Jornada”, com o objetivo de encontrar projetos prósperos de brasileiros. Os participantes mostraram suas ideias, sendo que alguns projetos foram selecionados para etapa final, quando serão realizadas consultas de mercado e definidos os montantes de aporte financeiro nos casos aprovados.

Durante as palestras, os empresários foram orientados a fazer negócios entre si, abolindo de vez o mito, “não faça negócio com brasileiro”. Entre os presentes, o diretor de Pesquisas da Prefeitura de Boston, o economista Álvaro Lima, que recentemente lançou o livro sobre os brasileiros nos EUA, denotando a força do empresariado no país. “Os brasileiros cooperam com $ 5,8 bilhões do Produto Interno Bruto e geram milhares de empregos no país”, sinalizou. Álvaro destacou também que o Itamaraty estima em 1,3 milhão o número de brasileiros residentes na América, distantes dos pouco mais de 300 mil registrados pelo Censo americano.

O diretor de Marketing da Universal para a América Latina, Marcos Barros, falou da importância da “Jornada Empreendedora”, que conferiu o avanço do empresariado brasileiro nos EUA, denotando garra e boas perspectivas no mundo dos negócios.

Da esquerda para direita: Elton Oliveira e Anderson Ramos (Equipe Organizadora) Roberto e Arthur Shinyashiki (Palestrantes); Alexandre Damiani (Equipe Organizadora)

Empreender nos EUA, segundo americano baiano

Entre os palestrantes da “Jornada Empreendedora”, destaque ao empresário americano, Christopher Regis, que desvendou os segredos das oportunidades de negócios nos EUA. Detalhe: Regis nasceu na Califórnia, mas foi criado na Bahia, e se tornou um dos maiores especialistas em franquias e mercado imobiliário na Flórida. Com seu “jeito brasileiro”, mostrou alguns mecanismos para empreender, ressaltando a palavra-chave, “perseverança”.

Regis exibiu imagens de Orlando com destaque para o bairro de Lake Nona, uma espécie de Vale do Silício da saúde. Segundo ele, “local desenvolvido para dar vida com padrão de qualidade inigualável”. Os novos imóveis do bairro vêm equipados com vasos sanitários inteligentes, capazes de fazer uma análise de urina e enviar a hospitais locais.

Já o treinador de futebol Thiago Cardoso, da MSA Academy, realizou palestra na num dos salões da “Jornada Empreendedora”, mostrando como o esporte pode ajudar a transformar a vida das pessoas, sobretudo dos imigrantes. Formado em Educação Física pela Universidade de Brasília, Cardoso trocou a sólida estrutura de sua empresa de corridas de rua na capital do Brasil pelo recomeço nos EUA.

Começou como treinador na MSA Academy e, em pouco tempo se tornou sócio da empresa e levou a escola de futebol de poucos mais de 40 a 500 alunos. São crianças de todas as idades que se dividem em meio à escola e aos treinos.

O professor da FGV, Jorge Bittencourt, abordou sobre a necessidade de planejamento nas empresas. Em seguida, Alexandre Lacava, especialista em vendas, mostrou o porquê o mundo gira em cima dos negócios. Usou palavras-chaves como “confiança”, “conexão” e “esforço”. Alertou que para empreender é preciso planejar para reduzir as margens de erros. Ele ilustrou sua palestra com filmes publicitários e encerrou interagindo-se com o público presente.

Roberto Shinyashiki fez o público interagir com atuação performática, revelando a razão pela qual hoje é o nome mais requisitado para palestras no mercado brasileiro. Em contrapartida, o psiquiatra Roberto Shinyashiki arrebatou a plateia do “Jornada” afirmando como se pode ganhar dinheiro.

“Nossa gente” conversa com palestrantes

Em entrevista ao “Jornal Nossa Gente”, o empresário e palestrante Alexandre Slivnik, quando consultado sobre a importância da “Jornada Empreendedora”, e quanto as mudanças que um evento desse porte pode ocorrer na Comunidade brasileira, foi enfático: “Muda a forma de pensar do brasileiro. Estou morando em Orlando há três anos, mas visito Orlando a décadas, e vejo que o brasileiro, muitas das vezes, sofre com a síndrome do vira-lata. Aquele sujeito que pensa que o Brasil não presta, que brasileiro não presta, e isso gera o medo e a vergonha de dizer que somos brasileiros”, critica. “Precisamos mudar a forma de pensar. Nós precisamos dos Estados Unidos, mas os Estados Unidos também precisam de nós”.

“O brasileiro gera renda, gera empregos, então porque essa forma retrógrada de pensamento. Temos de pensar grande. Precisamos parar de dizer que não se faz negócios com brasileiro porque o brasileiro é picareta. Tem picareta americano, picareta hispânico, picareta em qualquer lugar do mundo”, diz. “E por causa de dois por cento de picaretas, a gente não pode se esquecer dos noventa e oito por cento que são ótimas pessoas”.

“A minha mensagem”, continua Alexandre, “nos últimos três anos aqui nos Estados Unidos tem sido de alerta aos brasileiros para que tenhamos uma comunidade forte. É preciso que o americano reconheça que aqui têm brasileiros que fazem a diferença, fazem acontecer”, finaliza.

Para Marcos Barros, a “Jornada Empreendedora” foi motivo de orgulho e alegria. “Eu, particularmente, como empresa e grupo, tive muito orgulho de receber esses empreendedores porque quebra aquele paradigma de que brasileiro não faz negócio com brasileiro, que brasileiro é picareta. A ‘Jornada’ conta com pessoas sérias, empresários que são referência, portanto, um evento de extrema importância, que mostra que a nossa comunidade é forte. Têm empresas comandadas por brasileiros que geram empregos e que fortalecem a economia local”.

Para o empresário e palestrante, Cláudio, que pela primeira vez proferiu palestra em Orlando, “foi muito gratificante. Vou muito a Nova York, mas venho a Orlando porque tenho uma relação de longa data com a cidade. E para segmentar a questão do lúdico, para mim tem uma grande vantagem porque abre as portas da percepção. Ele tem o tempo da semeadura, depois vêm os frutos. E o lúdico não é um fim, mas um meio para se chegar a um objetivo. Esse é um evento repleto de conceitos extremamente importantes, com olhares diferentes, bagagens diferentes, com um ponto em comum: o desenvolvimento do ser humano para que atinja o seu potencial máximo. Para que as empresas se fortaleçam”, ressalta.

“Um evento como esse é um divisor de águas, verdadeiro e efetivo com a comunidade brasileira em Orlando. E é por isso que a ‘Jornada’ foi apoiada por tantos colegas empresários, foi abraçada pela Universal, denotando o seu poder utilizado e adaptado em qualquer cultura do mundo. Estamos mostrando uma mudança radical no mercado com elegância, com assertividade extraordinária, com a mente brasileira tocando esse processo. Nós, brasileiros, temos uma capacidade que é praticamente única de ser bons em várias áreas de atuação”.

“Essa visão sistêmica, holística, essa capacidade que a gente tem de por alma no que faz, de decidir com a razão e não com a emoção, é importante. Esse evento lembra aos brasileiros quem realmente são e que de fato nasceram para vencer”, finaliza.

Oportunidade a brasileiro

Quanto à abertura de trabalho para brasileiros – ou filhos de brasileiros nascidos nos EUA e que falam o português –, no complexo da Universal Resorts, disse Marcos Barros, quando consultado, que “estamos abertos para todas as diversidades, nossos visitantes são multiculturais – gente do mundo inteiro –, portanto, caso tenha uma vaga para quem fala mais de um idioma a chance é grande. Não temos um departamento específico para quem fala mais de um idioma. E um questionamento que se faz muito nessa linha é sobre a contratação internacional, de estagiários, de estudantes”, relata.
“Nós estamos expandindo muito na Ásia. Temos um parque no Japão, o Parque Cingapura, e estamos construindo um parque na China. E o intercâmbio que temos feito nesse momento são com os asiáticos, em função de nossos parques na Ásia”, complementa.

Quanto às impressões dos palestrantes sobre a “Jornada Empreendedora”, às avaliações e considerações foram muito positivas e incentivadoras aos brasileiros para ousar e crescer no mercado americano.

Segundo Alexandre Slivnik, “não devemos mais ter medo de desafios, medo de desafiar o americano. Nós, brasileiros, somos criativos, portanto, temos que aproveitar isso para pegar uma fatia do mercado de empresas americanas lideradas por americanos. E nós, brasileiros, donos de empresas podemos pegar essa fatia. Enfrentar com respeito e não temer para que as nossas empresas se tornem fortes aqui”, determina.

“Eu costumo dizer que as empresas lideradas por brasileiros são normalmente menores, com um ou até três funcionários. Eu pergunto: por que não liderarmos empresas gigantescas se temos potencial para isso? Tem que buscar uma fatia do mercado americano e crescer, com garra. Acho que é essa a minha visão do brasileiro na Jornada Empreendedora”, finaliza.



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