Durante audiência no Senado, CEOS das gigantes da tecnologia foram questionados sobre abuso sexual devido à Internet, envolvendo crianças. Mark Zuckerberg, da “Meta”, pediu desculpas aos pais, mas defende plataforma
Da Redação – Durante audiência no Senado, realizada na quarta-feira (31), quando CEOs do “Snap, X”, “Discord” e “TikTok” foram questionados sobre as consequências de abuso sexual devido à Internet, envolvendo crianças, o diretor-executivo da “Meta”, Mark Zuckerberg foi alvo dos senadores. Em pauta, análises e procedimentos das gigantes da tecnologia diante de conteúdos inapropriados para menores, veiculados nas plataformas.
Mark Zuckerberg pediu desculpas a um grupo de famílias, presente no Senado, que afirma que os respectivos filhos foram vítimas de abuso sexual por causa da Internet, mas negou que o uso das redes sociais prejudique a saúde mental das crianças. Zuckenberg defendeu a “Meta” contra acusações de abuso, apontando que não há evidências científicas que liguem o uso das redes sociais a uma pior saúde mental.
“Um relatório recente das ‘Academias Nacionais de Ciências’, que avaliou mais de 300 estudos, não sustenta a conclusão de que as redes sociais provocam alterações na saúde mental dos adolescentes”, afirmou o diretor da “Meta.”
Irritado, o senador republicano Lindsey Graham acusou Zuckerberg de ter “sangue nas mãos” porque as redes sociais são “produtos perigosos que destroem vidas e ameaçam a própria democracia.”
Por sua vez, o CEO da “TikTok”, Shou Chew, referiu que “pretende investir mais de dois mil milhões de dólares só este ano” em segurança e que conta com 40 mil profissionais nesta área, incluindo especialistas em segurança infantil.
Já o CEO da “Discord”, Jason Citron, explicou que eles usam Inteligência Artificial para detectar criminosos em sua rede. O CEO da “Snap”, Evan Spiegel, disse que, mesmo que o conteúdo de seu aplicativo seja excluído por padrão, as cópias permanecem registradas caso seja necessária “prestação de contas.”
O Congresso tem vários projetos de lei de proteção infantil, como a “Lei Stop CSAM”, que visa suprimir a proliferação de material de abuso sexual infantil online, apoiar as vítimas e aumentar a responsabilidade das plataformas.
