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EUA condenam mineiro de Ipaba a prisão perpétua por morte de família
O mestre de obras José Carlos Oliveira Coutinho, de 38 anos, do Vale do Aço, conseguiu se livrar da pena de morte, já que os juízes não foram unânimes na hora da sentença
A justiça americana condenou nesta segunda-feira (26), o ipabense José Oliveira Coutinho à prisão perpétua pela morte da família Szczepanik, em dezembro de 2009.
O crime chocou a cidade de Omaha, no Estado de Nebraska, pela crueldade. Até hoje, somente o corpo de Christopher Szczepanik, de 7 anos, foi encontrado.
Os corpos dos pais, Jaqueline e Vanderlei – casal missionário de uma igreja evangélica – nunca foram encontrados.
Os três juízes do caso concordaram que o crime tinha agravantes que justificariam condenar Coutinho à pena de morte. Porém, os juízes não foram unânimes na hora da sentença.
Por lei, a aplicação de pena de morte deve ser de comum acordo entre os juízes. A filha de Jaqueline, Tatiane Klein, que estava no Brasil quando ocorreu o crime, escreveu uma carta aos juízes dizendo que não concordava com a pena de morte. Coutinho não estava sozinho no dia do crime.
Com ele estavam Valdeir Gonçalves Santos, que recebeu pena menor por ter ajudado nas investigações, e Elias Lourenço Batista, que foi deportado antes que seu nome fosse arrolado como cúmplice pela morte da família de missionários.
O caso
De acordo com dados da polícia na época e detalhes dos depoimentos dos dois acusados, os três brasileiros liderados por Coutinho trabalhavam para a família de missionários na reforma de um prédio que seria usado como igreja.
Depois de se desentenderem pelo pagamento do serviço, Coutinho teria arquitetado a morte da família.
Ele espancou Vanderlei Szczepanik até a morte com um bastão de beisebol e depois enforcou a esposa Jaqueline Szczepanik e o filho deles, Christopher Szczepanik, de 7 anos.
Os corpos foram jogados no rio Missouri e apenas o do garoto foi encontrado, quase dois anos depois. Testes de DNA comprovaram que os ossos encontrados eram de Christopher.
Autoridades ainda acreditam que os corpos dos pais do garoto serão encontrados algum dia.
Entretanto, devido às constantes enchentes e ao tamanho do rio, as buscas foram encerradas.
Fonte: otempo.com.br