Para liberar o uso da bomba de fragmentação pela Ucrânia, na contraofensiva contra a Rússia, Joe Biden autorizou o envio da munição aos ucranianos – proibida por mais de 100 países. Segundo o presidente, foi “difícil decisão”
Da Redação – Em entrevista realizada na Casa Branca, na sexta-feira (7), o presidente Joe Biden confirmou o envio de bombas de fragmentação à Ucrânia para se defender dos ataques iminentes da Rússia, em uma guerra que completa 500 dias neste sábado (8). Para liberar o uso de uma das bombas mais devastadoras – proibida por mais de 100 países –, disse Biden que foi uma “difícil decisão” fornecer munições cluster pela primeira vez, mas que foi finalmente convencido para a contraofensiva ucraniana.
Preocupado, mas determinado, o democrata afirmou que, “discuti isso com nossos aliados, discuti isso com nossos amigos no Hill, antes da decisão final. Os ucranianos estão ficando sem munição”, se justificou.
“Esta é uma guerra relacionada a munições, então foram liberadas as bombas de fragmentação. Finalmente aceitei a recomendação do ‘Departamento de Defesa’ para permitir o uso para os ucranianos nesse período de transição”, acrescentou o presidente.
Efeitos da bomba de fragmentação
As bombas de fragmentação são dispositivos explosivos projetados para dispersar uma grande quantidade de fragmentos metálicos em um determinado raio de explosão. Essas bombas são projetadas para causar danos indiscriminados a alvos no solo, como pessoas, veículos e estruturas.
As bombas de fragmentação consistem em um invólucro externo que abriga explosivos e uma grande quantidade de pequenos fragmentos de metal, como pregos, parafusos ou esferas de aço. Quando a bomba explode, a força da explosão causa a ruptura do invólucro e a dispersão dos fragmentos a alta velocidade.
O objetivo das bombas de fragmentação é criar uma área de efeito ampla e causar danos extensivos a uma área ou a um grande número de alvos. Os fragmentos metálicos podem atingir pessoas e objetos dentro de um raio considerável, causando ferimentos graves ou fatais.
No entanto, as bombas de fragmentação também são controversas devido ao seu potencial impacto humanitário. Uma vez dispersos, os fragmentos podem permanecer no campo de batalha como armadilhas letais, representando um risco para civis e militares, mesmo após o término do conflito. Portanto, o uso de bombas de fragmentação é regulamentado por tratados internacionais, como a Convenção sobre Munições Cluster, que busca limitar ou proibir seu uso.
É importante ressaltar que a informação fornecida refere-se a conhecimentos até setembro de 2021, e pode haver desenvolvimentos recentes em relação às políticas e regulamentações sobre bombas de fragmentação desde então.
