‘Estou pronta para a guerra’, relata brasileira, voluntária da ‘Cruz Vermelha’

Caso seja convocada para a Guerra em Israel, Queila Araujo Costello, que reside nos EUA, disse estar preparada

Residindo no Arizona, a brasileira Queila Araújo Costello, voluntária da ‘Cruz Vermelha’, pode ser convocada para auxiliar no resgate de feridos em Gaza. Em entrevista ao “Nossa Gente” disse que, “estou pronta”, caso seja chamada

Walther Alvarenga

Em meio aos conflitos da guerra em Israel, no combate ao grupo terrorista Hamas, a brasileira Queila Araújo Costello, voluntária da Cruz Vermelha, que atua como supervisora nacional de desastres do órgão, pode ser convocada para auxiliar no resgate de feridos em Gaza, caso haja uma solicitação da “Cruz Vermelha Internacional” as “Nações Unidas”. Uma provável solicitação que não preocupa Queila, anteriormente convocada para a catástrofe na cidade de Ruidoso, no Novo México, junto às famílias que perderam casas no incêndio florestal que devastou a região.   


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“São mínimas as chances de minha convocação para a guerra em Israel, mas se houver um pedido da ‘Cruz Vermelha Internacional’ a ‘ONU’, eu seria a primeira a ser convocada. Estou no topo da lista de convocação para desastres internacionais, inclusive, a guerra. E caso seja mesmo necessário, estou pronta”, fala com segurança.

Segundo Queila, “trinta membros da ‘Cruz Vermelha’ dos Estados Unidos, foram recrutados para a guerra na Ucrânia. Ela explica que as convocações são inesperadas, dependendo do agravamento dos fatos, portanto, “não tem como prever isso”.

Um empenho humanitário que não mede esforços para socorrer as vítimas das tragédias

“A ‘Cruz Vermelha’ é uma instituição humanitária, independente de política, raça ou religião, e cada país tem a sua ‘Cruz Vermelha’, como o Brasil, por exemplo, e os Estados Unidos. Lembrando que é o único órgão que pode fazer negociação com crimes de guerra, com prisioneiros de guerra ou prisioneiros políticos. A ‘Cruz Vermelha’ tem total liberação para entrar em países em guerra, tanto de um lado quando do outro, isso se referindo a campos adversários”, ressalta. 

“Com o tratado de Genebra de 1949, estão protegidos em campos de guerra, pessoas que não participam dos combates, como civis, pessoal de saúde, profissionais humanitários, e as que deixaram de combater como militares feridos, enfermos e náufragos e prisioneiros de guerra. Entretanto, o que houve recentemente na Faixa de Gaza foi uma barbárie, que feriu o acordo de Genebra. Funcionários da ‘ONU’ e da ‘Cruz Vermelha’ morreram em meio ao fogo cruzado em Gaza. Eles foram atacados pelo Hamas, e isso causou comoção e revolta. Trata-se de um crime de guerra”, enfatiza Queila.

Membros da ‘Cruz Vermelha’ durante trabalho para socorrer vítimas de incêndios no Novo México

Vivendo no Arizona com o esposo, o americano Alen Costello, Queila Araújo conta que como supervisora nacional de desastres em assistência social da “Cruz Vermelha”, a sua função é cadastrar famílias que perderam bens e moradias em desastres como incêndio, terremoto e furacão, para poderem receber ajuda financeira. “Um trabalho importante, que leva um pouco de esperança para aqueles ajudados”, disse.

“O meu trabalho como supervisora tem ajudado pessoas financeiramente pela ‘Cruz Vermelha’. São famílias que tiveram perda total, ou parcial, de suas casas e que estão sendo cadastradas para receber benefícios. Eu as acompanho até conseguirem moradias.”

 “O nosso trabalho envolve enfermeiras treinadas para conversar com famílias, caso tenham perdido um familiar. Uma assistência psicológica muito importante. A ‘Cruz Vermelha’ também ajuda com medicamentos perdidos no fogo. Ajudamos pessoas que perderam óculos de grau ou assessórios para locomoção, como cadeiras de rodas, por exemplo.”

Quanto à decisão de ingressar na “Cruz Vermelha”, Queila enfatiza que o instinto de solidariedade prevaleceu na sua escolha – o compromisso em ajudar o próximo. E para ser aceita na organização, “fiz todos os cursos que a ‘Cruz Vermelha’ exige para ser supervisora nacional. Estou qualificada para seis posições: alimentação, dormitório, reunificação – localização de pessoas desaparecidas; inspeção em casas para verificar o nível de destruição; assistente social, e para o time de ação de desastre.”



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