Continua repercutindo os atos racistas contra o brasileiro, Vinícius Júnior, do Real Madrid, durante a partida de seu time frente ao Valência, no domingo (21). A um passo de conflito diplomático, Brasil e Espanha se divergem
Da Redação – Os atos lamentáveis de racismo contra o ponta-esquerda brasileiro, Vinícius Júnior, do Real Madrid, durante a partida de seu time frente ao Valência, no domingo (21), gerou bate-boca entre o Brasil e a Espanha – analistas esportivos de ambos os países se divergem, além de autoridades e torcedores. Descontente, o jogador sinalizou possível saída da Espanha, após ser alvo de racismo – a multa para rescisão de contrato é de 5 bilhões de euros.
Autoridades do Brasil pedem medidas severas da La Liga, na Espanha, da FIFA para punir os torcedores imprudentes, racistas, que têm causado constrangimentos a jogadores negros na Espanha. “O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas”, escreveu Vinícius Júnior em suas redes sociais.
Além de ser expulso da partida, Vinícius ouviu o coro de vozes dos torcedores o chamando de “mono” – macaco em português. Essa é a segunda vez que o atacante enfrenta um episódio de racismo na Espanha.
O momento aconteceu durante os 15 minutos do segundo tempo da partida do domingo entre Real Madrid e Valência. Cerca de dez minutos após o início dos gritos, o árbitro precisou paralisar o jogo depois que os torcedores repetiram o gesto.
O episódio do domingo foi o estopim para divergências entre esportistas, autoridades do Brasil e Espanha, gerando um clima conflitante. De um lado, os espanhóis alegam que não são racistas, e que Vinícius, “não passa de um provocador em campo”.
O Brasil por sua vez, condena os atos racistas contra o ponta-esquerda – que também defende a Seleção Brasileira -, alegando que não vai mais tolerar esse tipo de provocação. O clima esquentou quando o brasileiro foi expulso após reagir e discutir com torcedores do time adversário na beira do campo. O bate-boca continua entre Brasil e Espanha.
