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Amor de mãe
Edição de maio/2017 – pág. 38
O mês de maio é dedicado à Maria e às mães não somente em países católicos, mas no mundo inteiro. Esse dia é celebrado no segundo domingo de maio nos Estados Unidos e Brasil. Em Portugal, é no primeiro domingo de maio e, em outros tempos, era em dezembro, no dia de Nossa Senhora. Claro que o Dia das Mães deveria ser comemorado todos os dias do ano, afinal de contas, as mães não têm férias, pois elas dedicam-se e preocupam-se com os filhos 24 horas por dia, 365 dias por ano, tendo-os perto ou não, sendo eles crianças ou adultos.
O amor de mãe é incondicional, mesmo quando elas precisam ser severas ao imporem regras para educar os filhos. Celebremos as mães várias vezes durante o ano, com presentes, comidas, festas e balões! Reconheçamos a complexidade deste perpétuo papel e das duas relações envolvidas: mãe-filho/filho-mãe. A qualidade dessa relação está ligada às batalhas (lágrimas e suor) ganhas e às lições aprendidas. O elo entre mãe e filho existe desde o princípio, exceto em condições trágicas, em que isso é comprometido. O amor é puro e belo, mas também necessita de paciência para aguentar as birras, doenças e malfeitos. Mãe e filhos merecem galardões pelas conquistas ultrapassadas ou ainda vividas.
Quero abraçar aqueles que já perderam a mãe ou um filho. Deve ser uma dor inigualável. Custa-nos falar das coisas e relações difíceis… infelizmente, elas fazem parte da vida. Podemo-nos apoiar melhor quando nos abrimos e pedimos ajuda. Filhos são diferentes, mãe e só UMA. Na realidade, mãe é aquela a quem consideramos ser nossa mãe. Muitas vezes, a vida traz-nos pessoas que nos amam e cuidam de nós como mães. Quando somos adultos, podemos escolher a nossa mãe. Em geral, mães são todas boas (ou as pessoas que cumprem esse papel)… No entanto, não são perfeitas. Mães suportam muito, quase tudo! Fazem o melhor que podem, como podem e com o que sabem. E quando não conseguem seu objetivo, ficam cheias de culpa e envergonhadas. Poupar outro ser de algo difícil é ser boa mãe! Quando os filhos sofrem, as mães sofrem também. Quando os filhos se portam mal, novamente as mães sofrem e perguntam-se onde erraram. Mães de filhos adultos continuam tendo preocupações e a possibilidade de ajudá-los torna-se muito mais limitada.
Vícios, problemas legais ou constrangimentos socioeconômicos comprometem o processo de independência, porque afetam a pessoa e a família a nível emocional. Se há questões que desafiam a relação mais importante de nossa vida (mãe-filho), vamos praticar a regra dos “3-C”:“Não fui eu (ou só eu) que causei o problema; não sou (só) eu que posso/devo controlá-lo; não sou (só) eu que posso curá-lo” e entregar para Deus, como dizem no Al-Anon.
Consultem um especialista em Sistemas Familiares e Codependência, para que não façam nem mais, nem menos, para que se interrompam padrões pouco úteis ou saudáveis e aprendam a viver. Muitas vezes, de parte a parte, há que reviver assuntos inacabados, que nos “roem” por dentro, para finalmente nos libertarmos desse peso. Terapia em família, individual ou grupos de apoio do tipo Al-Anon, Nar-Anon, Co-Dependents Anonymous (CoDA), Families Anonymous (FA), grupos católicos ou outros grupos espirituais, podem ajudar muito e contribuir para futuras celebrações do dia da Mães com alegria ou, pelo menos, neutralidade.
Se quiser comentar ou receber mais informações, telefone-me (inclusive sobre o grupo de apoio para todos os recém-chegados, imigrantes que se sentem sós e desesperados). Para outras dicas ou recomendações, considere os meus dois e-books e vídeo, respectivamente: “Autoestima e Relacionamentos – Segredos Essenciais”, “Autoestima – Ferramentas Indispensáveis” e “Segredos Saborosos Para Um Bem-Estar Físico e Mental”, todos na http://www.ortigao.com/EbooksandVideos.en.html