Vida em Marte? Fotos enviadas do planeta vermelho apontam evidências

Imagens do Perseverance indicam componentes orgânicos e evidências para a existência de vida

 

As fotos enviadas por satélite confirmaram o que havia sido observado da órbita: sinais na cratera Jezero indicam que há cerca 3,6 bilhões de anos ali havia um lago fechado alimentado por um rio. A busca por evidências faz parte da missão primária do Perseverance, que foi enviado para Marte em 2020 

 

Da Redação


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Existe vida em Marte? O rover Perseverance, que chegou em fevereiro a Marte, entregou as primeiras fotos em alta resolução do solo do planeta vermelho feitas pela Supercam, que fica no mastro do robô da Nasa, e os resultados reforçam sinais de vida no local do pouso. As fotos enviadas por satélite confirmaram o que havia sido observado da órbita: sinais na cratera Jezero indicam que há cerca 3,6 bilhões de anos ali havia um lago fechado alimentado por um rio.

Além da confirmação importante para os cientistas, às imagens do Perseverance também forneceram informações que devem ajudar na missão de confirmar se Marte já teve vida, mesmo que microscópica.

Com o uso da supercâmera do robô, foi possível identificar locais com potencial maior para a busca por pedaços de rochas e sedimentos que possam conter componentes orgânicos e outras evidências para a existência de vida.

A busca por essas evidências faz parte da missão primária do Perseverance, que foi enviado para Marte em 2020. Ele deverá coletar materiais rochosos que serão enviados de volta para a Terra, e então analisados por cientistas.

O estudo publicado na “Revista Science”, o primeiro desde a aterrissagem do Perseverance, oferece numerosos detalhes sobre a história da cratera, que tem aproximadamente 35 quilômetros de diâmetro. A Supercam permitiu identificar estratos de sedimen argilosos ou arenosos, nos quais é mais fácil preservar matéria orgânica”, explicou o astrogeólogo Nicolas Mangold, um dos autores do estudo.

Segundo Sylvestre Maurice, do “Instituto de Pesquisa em Astrofísica e Planetologia da Universidade Paul Sabatier”, em Toulouse, na França, as imagens indicam matéria orgânica nas profundezas do solo e nos depósitos de sedimentos do delta de um rio. Esse tipo de matéria é produzida por organismos vivos – uma mistura de moléculas complexas de carbono, hidrogênio, nitrogênio e de umas poucas de oxigênio.

 

 

 

 

 

 



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