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Maduro volta a sinalizar disposição em dialogar com Estados Unidos
Em coletiva de imprensa com mais de duas horas de duração na noite desta sexta-feira (21/02), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a sinalizar sua intenção de dialogar com os Estados Unidos. Durante suas declarações, dadas no Palácio de Miraflores, Maduro afirmou que o embaixador na OEA, Roy Chaderton, seria o encarregado de iniciar o contato do lado venezuelano e que poderia dar “poderes especiais” ao chanceler Elías Jaua para avançar no dialogo.
“Convoco a um diálogo o presidente [Barack] Obama. Designo o chanceler Elías Jaua e você envie [o secretário de Estado norte-americano] John Kerry ou quem queira. Aceite este objetivo”, argumentou Maduro.
O líder venezuelano ainda disse que essa conversa poderia ajudar a iniciar um processo de mudança, “porque Obama tem nas mãos a decisão de alterar a história da América Latina e do Caribe”.
Apesar de se dizer disposto ao diálogo, Maduro também fez críticas aos EUA. Segundo ele, qualquer país que quer ser livre terá uma relação conflitiva com os norte-americanos.
Ainda de acordo com Maduro, há informações suficientes de que ainda exista financiamento do país a dirigentes opositores como María Corina Machado e Henrique Capriles. O dirigente preso Leopoldo López foi apontado por Maduro como apoiado atualmente por Alvaro Uribe, ex-presidente colombiano.
Em 2013, Venezuela e Estados Unidos tentaram por duas vezes reestabelecer as relações bilaterais, sem sucesso. O congelamento dos laços entre Caracas e Washington se deu em 2010, depois que a Venezuela recusou a nomeação de Larry Palmer como embaixador norte-americano. Na época, Hugo Chávez negou a indicação após Palmer afirmar que as Forças Armadas venezuelanas estavam com o “moral baixo” e que guerrilhas colombianas poderiam estar se abrigando no país. Em retaliação, Barack Obama suspendeu o visto do embaixador da Venezuela.
Fonte: operamundi.uol.com.br