Fechamento de consulados reascende disputa política e econômica entre EUA e China

Fechamento do consulado americano, hoje, em Chengdu, eleva disputa entre EUA e China.

 

EUA acusam hackers de tentar pegar informações sobre vacinas a mando do governo chinês com fechamento do consulado chinês em Houston. Pequim, em retaliação aos EUA, fechou nesta sexta o consulado norte-americano na cidade de Chengdu, no sudoeste do país asiático

Da Redação


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A China falou em retaliação aos EUA, após a determinação da administração do presidente Donald Trump em fechar o consulado da China, na cidade de Houston, no Texas, dia 22 de julho. E a resposta chinesa não tardou – consequente à decisão de Pequim para fechar o consulado norte-americano, na cidade de Chengdu, no sudoeste do país asiático, nesta sexta – 24 de julho. Isso, no entanto, abre uma ofensiva mútua de uma série de disputas econômicas e políticas que têm ocorrido nos últimos anos e meses entre as duas potências.

O fechamento do consulado chinês em Houston, ocorreu um dia após denúncia de que hackers chineses tentaram roubar informações sobre a vacina para Covid-19. O Departamento de Estado americano afirmou que a medida tinha o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos americanos”. Pequim considerou a medida “sem precedentes” e, dois dias depois, em 24 de julho, determinou que o consulado americano, na cidade de Chengdu, fosse fechado.

Segundo especialistas, uma nova “Guerra Fria” vem sendo travada desde a ofensiva agressiva do governo Trump com os chineses. Os estudiosos veem diferenças históricas importantes na comparação com a disputa entre os EUA e a União Soviética do pós-Segunda Guerra, mas acreditam que EUA e China estão entrando em território perigoso.

Entenda o caso

Na terça-feira, dia 21, o Departamento de Justiça norte-americano denunciou dois hackers chineses suspeitos de roubar informações sobre projetos de vacinas para Covid-19. Os acusados trabalhavam para o Ministério da Segurança de Estado da China, segundo a promotoria norte-americana. O presidente dos EUA, Donald Trump, já culpou a China pela pandemia de Covid-19. Ele se refere ao Sars-Cov-2 como “o vírus chinês”. Os dois países fazem parte de uma corrida mundial para desenvolver primeiro vacinas que combatam a doença. Em contrapartida, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou em entrevista à Fox News que o país está considerando banir aplicativos de redes sociais chinesas, incluindo o “TikTok”. Pompeo chegou a afirmar que as pessoas só devem baixar o aplicativo “se quiserem suas informações pessoais nas mãos do Partido Comunista Chinês”.

O aplicativo “TikTok” pertence à chinesa “ByteDance”, que já afirmou anteriormente que opera de maneira separada e que suas centrais de dados ficam localizadas fora da China, não estando submetidas às leis chinesas. EUA e China travaram batalha no comércio global nos primeiros anos do governo Trump. O presidente norte-americano impôs tarifas sobre produtos importados do país asiático para torná-los mais caros para os consumidores americanos, o que estimularia a produção interna nos EUA.

Já a China, por sua vez, respondeu com aumento de taxas sobre produtos norte-americanos. Em janeiro de 2020, os dois assinaram um acordo pelo qual a China se comprometeu a comprar mais produtos dos EUA para reduzir o déficit comercial bilateral dos norte-americanos.

 



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