-
Disney” e sindicato fecham acordo: US$ 18 por hora e outros benefícios serão pagos - 6 hours ago
-
Ameaça na ‘Colonial High School’ causa evacuação; alunos sofrem com calor - 6 hours ago
-
‘Apple’ investirá US$ 1 bilhão na produção de filmes; maçã na concorrência - 7 hours ago
-
Livrarias do Condado de Seminole lançam serviço digital para aprender idiomas - 1 day ago
-
Autoridades da Flórida alertam sobre ‘droga zumbi’, letal para o corpo - 1 day ago
-
‘De Volta para o Futuro: O Musical’ é estreia mais aguardada na Broadway - 1 day ago
-
‘Federal Reserve’ anuncia implementação do Pix para transferências instantâneas - 22/03/2023
-
Transporte gratuito com carros elétricos é opção para residentes de Kissimmee - 22/03/2023
-
Orange County aprova financiamento para leitores de placas no combate ao crime - 22/03/2023
-
Líderes da comunidade brasileira apoiam a inclusão do idioma Português na comunicação de serviços públicos - 21/03/2023
Descaso e caos na dessemelhança entre Mariana e Paris
NOV/15 – pág. 03
Em meio ao clima de medo, revolta e mortes, nos deparamos com duas situações catastróficas, porém, distintas. De uma extremidade o descaso com um povo sem voz, desprotegido, enquanto que do outro ângulo, o ódio fomentado por grupos extremistas, desencadeando o pânico. As cidades de Mariana, em Minas Gerais, e Paris, na França, ganharam destaques no mundo, alvos de tragédias que vitimaram inocentes e mobilizaram a opinião pública. Existe relevância entre ambos os casos? Do lado pobre, o Brasil, pessoas perderam casas, vidas foram ceifadas e uma lama tóxica – provocada pelo rompimento das barragens de rejeitos de minérios – dizimou o distrito de Bento Gonçalves, contaminando os rios e matando os peixes. A falta de responsabilidade por parte da Samarco Mineradora e do Governo Federal,é gritante. O caos poderia ter sido evitado, caso o país fosse levado a sério. O tribunal da corrupção rouba a cena e ultraja a dignidade dos brasileiros. É um exercício diário da insensatez.
No âmbito rico, a França, Paris sofre com células terroristas, espalhadas pela cidade. Um lobo voraz, silencioso, que ataca na espreita. O inimigo oculto desafia o serviço de inteligência francês e desequilibra, como nos ataques ocorridos no dia 13 de novembro passado. Pessoas foram mortas brutalmente. E lidar com o imprevisível é abominável. Mas ele existe e precisa ser combalido. Os parisienses estão acuados, pressionados por extremistas islâmicos que se opõem à paz.O mais agravante: jihadista matam em nome de “Deus”. É uma forma descabida de semear o terrorismo religioso.
No Brasil houve críticas à imprensa, alegando que o caos em Mariana requer mais atenção que a tragédia em Paris. A dessemelhança entre uma causa e outra fica evidente. Mariana é o resultado da negligência política do país. De um governo omisso, desatento com o seu povo. É a herança do obsoleto, do que não deu certo e que caiu no descrédito. Diante disso, os danos são irreparáveis. No caso de Paris, não se trata de fome, de governo faltoso, mas da balbúrdia implantada por outros credos, do exercício do medo, incutido por povos diferentes. A ação de extremistas afronta a soberania do país e rouba o bom senso.
Não se trata de quem ou do quê é o mais importante. O terror é real, e somos testemunhas do irreparável. Se há tristeza e lamentações em Mariana, Paris convive coma desolação. O mundo sofre com o descaso e o caos. O antagonista da serenidade humana esconde-se em todos os lugares, mas não podemos vê-lo!
Walther Alvarenga