Amores Roubados – nova minissérie da Rede Globo

Amores Roubados – nova minissérie da Rede Globo

Ana Caroline Chaves

‘Amores Roubados’, a nova minissérie da Rede Globo é uma emocionante história sobre o poder avassalador da paixão. O cenário é o sertão do nordeste contemporâneo, que se modernizou economicamente com grandes vinícolas e o agronegócio exportador de frutas, mas preserva valores arcaicos.

Foto: Leandro ( Cauã Reymond ) e Antônia ( Isis Valverde ) Crédito: Globo/Estevam Avellar
Foto: Leandro ( Cauã Reymond ) e Antônia ( Isis Valverde )
Crédito: Globo/Estevam Avellar

A minissérie conta a história de Leandro Dantas (Cauã Reymond), um Don Juan, que volta à cidade de Sertão, onde nasceu, à beira do rio São Francisco, como um sofisticado sommelier. Bonito, inteligente e com uma lábia irresistível, Leandro degusta vinhos e mulheres da alta sociedade. É um conquistador que aprendeu a arte da sedução com a mãe Carolina (Cassia Kis Magro), uma mulher de passado obscuro que encantou muitos homens.


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Leandro é ousado com as mulheres casadas – Isabel Favais (Patrícia Pillar) e Celeste (Dira Paes) – e cauteloso com seus maridos – Jaime Favais (Murilo Benício) e Roberto Cavalcanti (Osmar Prado) -, até ser surpreendido pela jovem e destemida Antônia (Isis Valverde), filha do maior produtor de vinho da região, o rico e poderoso Jaime.

‘Amores Roubados’ é uma minissérie de George Moura, escrita por George Moura, Sérgio Goldenberg, Flávio Araújo e Teresa Frota, com supervisão de texto de Maria Adelaide Amaral, direção geral de José Luiz Villamarim e núcleo de Ricardo Waddington.

A minissérie vai ao ar no canal internacional da Globo de 13 a 24 de janeiro, nas Américas, 14 a 24 de janeiro, na Europa e África e de 14 a 29 de janeiro, no Japão.

A vinícola Vieira Braga e a família Favais

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História acompanha o conquistador Leandro (Cauã Reymond); direção-geral de José Luiz Villamarim
(Foto: Estevam Avellar/Globo)

Antônio (Germano Hauit), pai de Isabel (Patrícia Pillar), passou para o genro Jaime (Murilo Benício), o comando das terras onde iniciou a vinícola Vieira Braga, que veio a ser a mais bem-sucedida produtora de vinhos do Sertão. Foi Jaime o responsável pela modernização e expansão dos negócios e sonha em ver a filha, Antônia (Isis Valverde), como sua sucessora no comando do empreendimento. Antônia acaba de regressar de uma temporada de estudos na Itália. Jaime, um homem prático e objetivo, não percebe que a filha tem outros desejos, que são sufocados pela vontade do pai. Para a melhor amiga, Ana Clara (Thaysa Zooby), Antônia confessa sua vontade de sair do Sertão de uma vez por todas para uma cidade grande, onde ela poderá conhecer novas pessoas e viver outras possibilidades. Ana Clara dá todo o apoio à amiga, apesar de não compartilhar o mesmo sentimento, pois tem no Sertão sua raiz, sua família e o conforto do conhecido.

Isabel (Patrícia Pillar), mulher de Jaime e mãe de Antônia, vê-se dividida entre os desejos da filha e o espírito seco e prático do marido. Ela, que toma remédios controlados desde a morte da mãe, passa os dias dedicada a família e a filantropia onde investe todo seu carinho. Com a ajuda do músico e professor francês Oscar (Thierry Tremouroux), ela comanda as aulas e ensaios da Orquestra Sanfônica, formanda por filhos de funcionários da vinícola. É na música que Isabel encontra sua paz, seu refúgio. E essa devoção às crianças a faz entender a vontade da filha de seguir seu próprio caminho, algo que ela mesma nunca fez. Isabel tenta, a todo custo, apaziguar a relação conflitante que se instaura entre pai e filha, sem muito sucesso. E ainda terá que enfrentar a fúria de Jaime ao desconfiar de sua fidelidade.

Na casa dos Favais mora João (Irandhir Santos), afilhado de Jaime, um aprendiz dedicado e um homem de inteira confiança. João nutre uma paixão secreta por Antônia e idolatra Jaime. Atende qualquer desejo do padrinho só para se sentir parte daquela família. Com a volta de Antônia, depois de uma longa temporada na Europa, Isabel repudia a presença de João dentro da casa da família Favais. Já Jaime se sente responsável por João, que não tem outros familiares, e conta com ele para ser seus olhos e ouvidos na vinícola. Com a ajuda do moto-táxi, Bigode de Arame (César Ferrario), que procura das mais diversas formas ter seus lucros, João se prepara para afastar Leandro (Cauã Reymond) de seu caminho e, quem sabe, construir uma verdadeira família como fez o padrinho.

As paixões de Leandro

Cauã Reymond, Patrícia Pillar e Dira Paes nos bastidores das gravações de Amores Roubados (Foto: Estevam Avellar/Globo)
Cauã Reymond, Patrícia Pillar e Dira Paes nos bastidores das gravações de Amores Roubados
(Foto: Estevam Avellar/Globo)

Com Celeste (Dira Paes), Leandro descobre os encantos de uma mulher quente, selvagem e confiante. Esposa do maior exportador de frutas da região, Cavalcanti (Osmar Prado), a elegante Celeste sabe de seu poder de sedução. Com apenas um olhar, ela conquista a atenção de Leandro. Celeste é a melhor amiga de Isabel, mas guarda para si seu caso com o sommelier, deixando para os e-mails e mensagens as demonstrações de sua paixão. Seu segredo só será ameaçado pela contratação de uma nova empregada para sua casa: Carolina (Cassia Kis Magro), de quem ela desconhece o passado.

Em seu retorno ao Sertão, Carolina conta com a ajuda de um antigo affair, Deocleci (Antonio Fabio), para conseguir um emprego, que lhe garanta um salário, e poder ficar próxima de Leandro, para assim tentar recuperar o dinheiro que o filho lhe deve. Porém, sua volta às terras áridas que margeiam o São Francisco revela para ela muito mais sobre a personalidade de Leandro do que esperava.

Já com Celeste nas mãos, Leandro vê em Isabel uma bela mulher perdida em si mesma. A intocável Isabel, esposa do poderoso patrão Jaime, passa a ser o grande desafio de conquista e objeto do seu desejo. A atenção e o carinho de Leandro faz despertar em Isabel um sentimento há tanto esquecido: a paixão. Isabel fica perturbada com as palavras carinhosas do jovem Leandro e, pela primeira vez, entra em rota de colisão com o marido. A discreta Isabel sente no corpo e na alma o florescer de uma paixão platônica, que provocará dolorosas consequências.

Entre Isabel e Celeste (Dira Paes), surge na vida de Leandro a destemida Antônia (Isis Valverde), a jovem que o faz questionar todas as suas certezas. No início, um misto de desprezo e curiosidade marca a aparição de Antônia na vida deste sedutor, até despertar para algo além da paixão da conquista, um sentimento mais profundo. Para seu único confidente, Fortunato (Jesuíta Barbosa), Leandro primeiro brada suas conquistas e depois revela o que o verdadeiro amor pode fazer com um homem.

Numa cidade próspera, mas de hábitos arcaicos, onde a terra árida abriu espaço para os campos verdejantes de um Brasil novo, Leandro descobre em Antônia o amor verdadeiro. Juntos e enamorados, eles partem numa implacável e eletrizante trama de paixão, ciúme e vingança. Sem saber, Leandro e Antônia põem em risco a própria vida para lutar por um amor sincero e verdadeiro.

O sertão contemporâneo e o Velho Chico – personagens, prosódia e veracidade

Uma terra de chão vermelho, com um céu que luta pela chuva, mas se rende ao sol. Uma terra que, com um pouco de água, pode dela florescer as mais belas plantações. Os galhos secos se misturam às grandes vinícolas e plantações de frutas, um paradoxo entre a secura e a beleza da vegetação verde a nascer. O sertão que margeia, em todas as suas contradições, um dos grandes personagens de ‘AmoresRoubados’: o rio São Francisco.

Para trazer esse sertão contemporâneo, a equipe esteve durante quase três meses, entre as cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Paulo Afonso, na Bahia. Cerca de 70% das gravações foram feitas em locações externas. Esses municípios são representados em um lugar ficcional chamado ‘Sertão’. “Quando começamos a andar e desenvolver o projeto, achamos que era bom que esse lugar não existisse, não se situasse geograficamente, que essas locações fossem amarradas pelo rio São Francisco, que no fundo é como se fosse uma veia onde corre ali aquele sangue. É ele que amarra a história, tudo está à beira do São Francisco, todo esse sertão que a gente revela em ‘AmoresRoubados’”, afirma o diretor Villamarim.

A escolha das locações funciona como um retrato da complexidade da cultura do sertão contemporâneo. A saga de ‘Amores Roubados’ se passa nos cânions secos do Raso da Catarina e molhados de Canindé do São Francisco, nos passeios de jet ski e festas em barcos, em lugarejos como Junco do Salitre, bares de beira de estrada, parreirais e casas à beira do rio São Francisco. “O conflito que existe no sertão entre a chegada da modernização econômica e a permanência de valores morais tradicionais, por si só, já tem uma grande força dramática. Você encontra vinícolas produzindo espumantes que são exportados e consumidos no Brasil e no mundo, mas você vê também a relação de sobrevivência do sertanejo diante da seca que existe há séculos. Essa tensão de opostos é muito rica para a dramaturgia”, conta o roteirista.

Para reforçar a linguagem trazida por Villamarim e Moura, a direção de fotografia da minissérie é assinada por Walter Carvalho, que retoma a parceria com a dupla, feita em ‘O Canto da Sereia’. Carvalho incorpora a luz do sol do sertão à fotografia e a torna a sua aliada. “Quem trabalha com a luz procura os anteparos que protegem os objetos, procura proteger sua forma e sua função. O que importa é a representação. O que queima, ilumina a terra, o que aterrissa, arde no horizonte e define a imagem. Convém olhar os dois na hora do quadro, do recorte, e o que interessa é o efeito da luz sobre a paisagem e mais, o que importa para mim é o sentimento da luz. Neste trabalho a luz do sertão é personagem”, conceitua o diretor de fotografia. Villamarim diz que encontrou em Carvalho um parceiro para ajudar a contar essa história. “Você só consegue fazer algo sair da tela da TV para tocar as pessoas que estão assistindo se a equipe inteira estiver em sintonia. A vibração que circula tem que ser a mesma em todo mundo”, completa o diretor Villamarim.

Para compor as cenas da minissérie, os figurantes eram moradores locais, que ajudaram a passar ainda mais veracidade. Nomes conhecidos se misturam a atores nordestinos estreantes na televisão. “O ator local vem com um calor, um frescor, uma vontade, uma prosódia, que impregna a tela de verdade. Por exemplo, o Irandhir Santos que faz o personagem João, afilhado e protegido do poderoso Jaime (Murilo Benício) e apaixonado por Antônia (Isis Valverde), tem um trabalho incrível. Também Jesuíta Barbosa que faz o Fortunato, o melhor amigo de Leandro (Cauã Reymond). Essa mistura de rostos e interpretações conhecidas com talentos novos dá uma química, um novo colorido. Com isso, ‘Amores Roubados’ ganha força e diversidade na sua sinfonia polifônica, onde os personagens mergulham em emoções tão intensas quanto diversas”, define Moura.

De julho ao final de setembro, produção e elenco estiveram em Petrolina para a primeira fase das gravações. Para levar a produção e equipamento aos sets de gravação, cerca de quinze vans ficavam à disposição todos os dias. Há 13 quilômetros de Juazeiro, o Junco do Salitre impressiona pelas belezas do rio São Francisco, que o corta, e pela extrema secura dividindo o mesmo espaço. Ele foi cenário de uma das maiores festas da trama, que contou com a participação especial da dupla de emboladores pernambucanos Castanha e Caju, animando os cerca de 450 figurantes em cena, além do elenco da minissérie, nos três dias de gravação. A vinícola Santa Maria/Rio Sol, localizada em Lagoa Grande, abriga a fictícia vinícola Vieira Braga, comandada pelo personagem de Murilo Benício, Jaime Favais. O sertão se tornou um lugar propício para o crescimento das uvas e para a produção do vinho com o calor durante todo o ano e o solo fértil, irrigado pelo rio São Francisco. O enoturismo é uma prática local e os vinhos conhecidos internacionalmente pela qualidade e variedade do produto desenvolvido no nordeste brasileiro.

De setembro ao início de outubro, a equipe se deslocou para Paulo Afonso, na Bahia, para a segunda fase das gravações. A Ponte Pedro II, a Usina de Angiquinho e o Raso da Catarina são alguns dos cenários marcantes onde foram gravadas algumas das principais cenas da trama. Entre as rochas e cânions esculpidos pela ação do tempo, a imensidão dos três mil quilômetros quadrados do Raso da Catarina abrigou a equipe durante sete dias de gravação em uma das maiores sequências da minissérie. Para acessar o local, foram necessários três tratores e 16 carros 4×4 para levar toda a produção e elenco ao local, além de dois helicópteros para gravar as cenas de ação da trama.

Para Petrolina e Paulo Afonso, partiram do Rio de Janeiro sete caminhões com figurino, arte, cenografia e maquinários. A equipe de ‘Amores Roubados’, composta por cerca de 120 pessoas, rodou 250 mil quilômetros entre todas as locações que deram vida a essa história.

Cenário e produção de arte: as características do sertão para dentro do set de gravação

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Veja em vídeo as primeiras cenas da nova minissérie da Globo, Amores Roubados (Foto: Divulgação/Reprodução)

Para trazer elementos reais a esse lugar ficcional às margens do São Francisco, as equipes de cenografia e figurino incorporaram às locações elementos que ajudam na composição da trama. Os cenógrafos Alexandre Gomes e Anne Bourgeois mesclaram as cores e os materiais locais com elementos de referências levadas por eles para desenvolver com veracidade a minissérie.

A maior obra e primeira construção foi a casa de Jaime (Murilo Benício), Isabel (Patrícia Pillar) e Antônia (Isis Vaverde), na cidade de Petrolina. A partir de uma estrutura básica já existente, mas sem muitos elementos, criaram um espaço em tons de terracota, com deque, espelhos d’água e uma sala com cerca de 200 m² revestida com 56 portas vazadas e de fita de bambu, material novo e importado usado para dar delicadeza e amplitude à casa. Depois, o cenário foi reproduzido nos estúdios do Projac. A casa de Leandro (Cauã Reymond), construída em pedra e tijolo de barro no sertão nordestino, foi replicada também nas gravações do Rio de Janeiro, dentro dos estúdios. Toneladas de pedras foram trazidas para montar a residência do protagonista em seu material original, uma casa em sua réplica perfeita.

Nas gravações pelas cidades de Petrolina e Paulo Afonso, procuraram incluir em quadro os elementos característicos do sertão, como árvores secas, amburanas – tipo de árvore local -, cactos, e adotaram uma paleta de cores diversificada e em tons fortes, comum às casas do sertão nordestino, que passam pelo amarelo, mesclado com vermelho e verde. Para manter o dressing local nas cenas de estúdio, foram trazidos também 15 metros de cerca montada com árvores secas e uma amburana.

O produtor de arte, Moa Batsow, integrou ao set da vinícola a marca Viera Braga, desenvolvida por sua equipe. A logo estampou o local e mais de seis mil caixas e cinco mil rótulos que compuseram os vinhos da empresa de Jaime (Murilo Benício). Foram cinco mil garrafas produzidas para as gravações da minissérie, com capsulas e rolhas. Já para a Mangobras, marca de Cavalcanti (Osmar Prado), foram duas mil caixas para comportar as cerca de dez mil mangas, cada uma adesivada com a logo da empresa.

Figurino e caracterização: ressaltar as emoções e vivências dos personagens

Para retratar personagens repletos de desejo, vivências e experiências, as equipes de figurino e caracterização buscaram ressaltar os acontecimentos que impregnam as pessoas em suas trajetórias. Os figurinistas Cao Albuquerque e Natalia Duran, e a caracterizadora Anna Van Steen trazem, nos detalhes, a busca pela realidade dos personagens e a fuga dos estereótipos, em uma linguagem única, seguida desde a direção até as equipes técnicas.

A atriz Isis Valverde é a jovem Antônia, que vai conquistar o coração de Leandro (Cauã Reymond) (Foto: Estevam Avellar/Globo)
A atriz Isis Valverde é a jovem Antônia, que vai conquistar o coração de Leandro (Cauã Reymond)
(Foto: Estevam Avellar/Globo)

Entre os recursos usados, a caraterização da série aproveitou o calor das gravações no sertão nordestino e usou produtos que simulam gotas de suor, misturadas às gotas autênticas, provocadas pelas altas temperaturas. Água termal, borrifador, óleo, glicerina, esponjas especiais foram utilizados nesse processo. Uma profissional especializada em efeitos de maquiagem integrou a equipe para criar dentes amarelados, unhas encardidas, cabelos ensebados e tatuagens que, diariamente, compunham a imagem dos atores e figurantes da trama. A construção de Antônia, interpretada por Isis Valverde, representa muito bem esse trabalho. Durante as gravações, as unhas da atriz eram pintadas com esmalte ligeiramente desgastado. Além disso, a personagem tem o corpo repleto de pequenos desenhos tatuados, desenvolvidos junto ao departamento de efeitos especiais da TV Globo, com o cuidado de elaborar diversos tons de preto para que aparentassem terem sido feitos em diferentes fases da vida da personagem. Foram mais de 150 decalques com plumas, flechas, uma mandala e a rosa dos ventos. “Esses símbolos desenhados em seu corpo nos ajudam a definir um caráter libertário dela”, define Ana Van Steen.

Já Murilo Benício, na composição de Jaime, teve um corte de cabelo feito, nas laterais, com navalha. Ele ganhou longos fios penteados no alto, com algumas mechas descoloridas e a barba grande. Look inspirado em alguns escritores do início do século XX, como Ezra Pound e Henrik Ibsen. Para finalizar a construção de um personagem que viveu exposto ao sol da região do rio São Francisco, dez unidades de um produto importado resistente ao calor foram usados para criar pequenas pintas e manchas adicionas na pele do ator.

Já o figurino partiu da paleta de cores para desenvolver os looks dos personagens. “Fomos buscar na cor a inspiração, por conta do amor, do roubado e do vinho. Usamos todos os tingimentos que combinassem com vinho, cor do sangue, da morte e do amor”, conta Cao Albuquerque. A equipe foi às feiras para buscar roupas regionais e comuns ao local. As peças que compuseram os personagens vêm desde brechós, lojas e acervo, até peças artesanais e customizadas pela equipe, tingidas, refeitas e bordadas. O objetivo para a construção foi, acima de tudo, contar a história do personagem.

Para o personagem de Leandro (Cauã Reymond) buscou-se a simbiose entre o trabalho de sommelier e a sensualidade de um Don Juan. Nessa composição, a aposta foi em bordados, estampas especiais, transparências, jeans, botas de couro, cintos comprados em feiras nordestinas, e camisaria inspirada nos anos 1970, por causa dos colarinhos e desenho acinturado, que valoriza o corpo. Isabel tem um figurino fluido com peças em tecido 100% algodão e de linho. Já Antônio, interpretado por Germano Hauit, tem chapéu panamá e bengala de bambu, roupas em linho e tons de terra, inspirados em Ariano Suassuna. Jaime (Murilo Benício) tem peças tradicionais, mas modernas, com blusas sociais em tons de azul, cinzas e branco, blazeres cáqui e calças escuras.

Um dos figurinos mais elegantes é o de Celeste, ao usar peças clássicas, mas que reforçam a sensualidade natural da personagem, deixando seu apelo para a intenção do olhar e dos gestos. No figurino, ela usa camisas brancas, calças jeans e vestidos de corte reto e ajustado. O look da personagem de Isis Valverde aposta nas misturas de referências do período que Antônia passou na Europa e no sertão, ao intercalar chapéus de feutro e óculos escuros de marca, com saias jeans de tendência, botas de couro, bolsas de couro rústico, franjas e muitos adereços, marca da personagem.



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