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Adiamento de visita de Dilma expõe tensão com Estados Unidos
Ao anunciar ontem que não irá aos Estados Unidos no próximo mês para visita de Estado, a presidente Dilma Rousseff (PT) expressou o tamanho de sua irritação diante das denúncias de espionagem e insatisfação quanto à resposta dada pelo presidente norte-americano, Barack Obama. No entanto, especialistas defendem que a tensão tende a ser superada, não afetando as boas relações entre os dois países.
Na avaliação do professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Alcides Vaz, nos últimos anos, a relação entre Brasil e Estados Unidos vem evoluindo de forma positiva, inclusive com avanços da cooperação nas áreas de segurança, defesa e tecnológica. “A revelação de uma eventual espionagem, efetuada pelos EUA, sobre o Governo brasileiro, afetou esse ambiente. Colocou em perspectiva a suspensão e o eventual cancelamento da visita”, disse.
Para ele, a resposta é adequada à circunstância, uma vez que o Governo demonstra que quer um posicionamento e resposta satisfatória dos EUA, com alcance público.
“Se Dilma mantivesse a visita como se nada tivesse ocorrido, seguramente, aqui no Brasil e externamente, haveria leitura de que o Brasil se rendeu mais uma vez aos americanos e não levou em conta o ocorrido”. Segundo ele, o impasse tende a ser superado, já que há disposição para isso nos dois governos.
Significados
Para o professor titular de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as relações entre Brasil e EUA são muito boas, do ponto de vista comercial, político e militar. Para ele, ter adiado o encontro sem divulgação de uma nova data representa, na prática, um cancelamento. “O Brasil está dando sinal muito forte de atrito, o que não é recíproco, porque em nenhum momento os EUA deram amostra de que queria cancelar o encontro. O próprio Obama ligou pessoalmente para Dilma”.
Para ele, Dilma tem tirado proveito político da situação, tentando passar a imagem de que está zelando pelos interesses do País. Já a professora de relações internacionais da ESPM – Rio, Suellen de Oliveira, embora a prática não seja abonada pelos manuais diplomáticos, todo chefe de Estado tem consciência de que é espionado. “Por que a diplomacia brasileira está alimentando esses rumores da imprensa sobre a espionagem? A resposta mais contundente é que Dilma deve estar querendo usar esse fato como barganha política e econômica em relação aos Estados Unidos”.
Saiba mais
Categoria diplomática mais alta concedida a estrangeiros, a visita de Estado é reservada a parceiros estratégicos mais próximos dos EUA e implica em formalidades como jantar de gala na Casa Branca e uma cerimônia militar na chegada. O último presidente brasileiro recebido com tal honraria havia sido Fernando Henrique Cardoso. A visita estava marcada para o dia 23 de outubro.
Dilma decidiu adiar a visita mesmo depois de o presidente norte-americano, Barack Obama, ter lhe telefonado na segunda-feira, numa tentativa de evitar o cancelamento da visita de Estado da brasileira aos EUA no mês que vem.
Na avaliação da presidente, os EUA não pediram desculpas e não deram explicações convincentes sobre a espionagem no Brasil, que atingiu a comunicação da própria presidente com auxiliares. A Petrobras também teria sido espionada. Os EUA chegaram a dar a entender que manteria a prática de monitorar o Brasil. Dilma cobra apuração da espionagem.