Desafios, planos e segredo de jovem brasileira que integra exército dos EUA

Eliza Ribeiro, os pais são de Governador Valadares (MG), irá em missão na Polônia. Foto-Arquivo pessoal

Com dupla nacionalidade, a brasileira Eliza Ribeiro, de 21 anos, integra o exército dos EUA e revela que tem sido uma experiência desafiadora. Conta que escondeu na família quando se alistou e que tem planos de ser mãe

Da Redação – A brasileira Eliza Ribeiro, de 21 anos, que integra o exército dos EUA revela que tem sido uma grande experiência de vida, mesmo enfrentando as árduas tarefas do dia a dia, cumprindo uma maratona de compromissos militares. Com dupla nacionalidade, a jovem, então com 19 anos, se alistou no exército americano, escondido da família, e realizou uma paixão – o desafio de servir o país, algo improvável na ótica de alguns amigos, mas que levou em frente e consolidou seu objetivo.

“Nasci nos Estados Unidos, mas quando eu tinha um ano eu me mudei para Governador Valadares (MG). Meus pais são brasileiros, toda a minha família é, então acho que era mais fácil para eles. Morei no Brasil até os meus 17 anos e voltei para os EUA em 2018, então eu me considero mais brasileira”, enfatiza.


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“Estou fazendo faculdade, mas é mais complicado porque faço uma classe por semestre. O exército tem essa coisa, porque sempre vem primeiro, é prioridade. Tenho que focar no meu trabalho e no tempo livre, estudo. Acredito que minha família esteja orgulhosa. Eles não falam muito sobre isso, mas gosto de acreditar que sim”, conta quando indagada sobre os desafios militares.

Segundo a brasileira, ela se alistou no exército em janeiro de 2021, mas não contou para a família. E quando a mãe soube, “ficou triste, mas respeitou a minha escolha”, lembra. “A decisão pesou porque queria algo mais da vida, mesmo sendo a caçula de quatro irmãos e considerada frágil”, relata.  

Foram dias de dificuldades durante os treinamentos para o exército, disse Eliza Ribeiro, exaltando os gritos de seus superiores diante de obstáculos que pareciam instransponíveis. Mas ela conseguiu, suportou tudo com coragem, lembrando aquelas cenas de filmes em que os soldados iniciantes se submetem as duras provas. 

“Fazia os exercícios e chorava, porque não aguentava. Tinham momentos que eles colocavam tanto exercício que tinha gente que vomitava. A explicação para tantos desafios é que o exército destrói o seu lado civil e constrói o seu lado soldado. Tem que ser forte o bastante para saber lidar melhor com as coisas”, conta a brasileira.

Quanto ao seu futuro no exército, a soldada informou que, “vou com o exército para a Polônia em julho. Estou animada porque poderemos viajar para outros países da Europa, já que é pertinho. Temos um benefício que é de quatro dias de fim de semana que podemos tirar para descansar,”

Em contrapartida, Eliza Ribeiro sabe que está a um passo da guerra na Ucrânia e que tudo pode acontecer. Ainda assim se mantém firme no propósito da viagem. “Fico com um pé atrás porque sei o que está acontecendo ao redor da Polônia, mas não tenho medo. Se uma coisa tiver que acontecer, acontecerá. Sou cristã e acredito na vontade de Deus.”

Na vida pessoal, a brasileira tem planos e fala em deixar o exército e ser mãe no futuro. “Eu e meu marido – ela está casada – queremos ter um filho e ser mãe no exército é muito difícil. Escolhi sair justamente por isso. Acho que as coisas pequenas e simples são o que realmente trazem felicidade para a vida”, disse confiante.



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