Relatório do “Departamento de Segurança Interna dos EUA” observa que as oportunidades de “liberdade condicional para reagrupamento familiar” foram ampliadas. A Flórida recebeu mais de 325.000 imigrantes: Ron DeSantis criticou a medida
Da Redação – Segundo relatório do “Departamento de Segurança Interna dos EUA”, a Flórida recebeu mais de 325.000 imigrantes em voos do programa de liberdade condicional, administrado pelo governo de Joe Biden. Já o Texas abrigou o segundo maior número, 21.964, aponta o comunicado. O relatório também observa que as oportunidades de “liberdade condicional para reagrupamento familiar” foram ampliadas em 2023 para incluir outras nações, como a Guatemala e o Equador.
Visivelmente contrariado com as medidas de Biden, o governador Ron DeSantis foi contundente ao afirmar em entrevista na conferência de imprensa que se trata uma “operação ilegal”. Afirmou ainda que, “eles estão trazendo para a Flórida pessoas que não têm o direito de estar neste país. Isso é intolerável”, criticou.
O governador chamou a operação de “projeto secreto”, dizendo que o governo federal não notifica nem coordena com os governos locais a chegada de voos. “Eles não estão coordenando nada com o governo estadual. Se eles jogam seis pessoas em um voo comercial vindo de um país estrangeiro, não há nenhum reconhecimento por parte das autoridades estaduais ou locais”, alfinetou.
O programa de liberdade condicional foi iniciado para os venezuelanos pelo presidente Joe Biden em outubro de 2022 e tinha como objetivo ajudar a diminuir o número de passagens ilegais de fronteira, transportando pessoas de certos países diretamente para os EUA. Foi ampliado em janeiro de 2023 para incluir Cuba, Haiti e Nicarágua.
Até 30.000 indivíduos por mês desses quatro países, que passem na verificação de antecedentes, podem vir para os EUA por um período de dois anos e receber autorização de trabalho, anunciou o governo Biden em 5 de janeiro de 2023.
O “Departamento de Segurança Interna” confirmou em e-mail que mais de 386.000 cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos chegaram aos EUA através deste processo até fevereiro de 2024.
De acordo com o relatório, o governo federal não revelou quais aeroportos foram utilizados para partida e chegada, nem esclareceu onde eram os destinos destes imigrantes em liberdade condicional dentro dos EUA, citando exceções de aplicação da lei – violou a Lei de Liberdade de Informação, afirma o relatório.