Vícios

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Edição de novembro/2018 – p. 32

Vícios

O que é um vício ou um comportamento vicioso? É uma manifestação intensiva, impulsiva e repetitiva, com consequências muito negativas. Dentre os vícios mais comuns, está a dependência química, especialmente a que se refere a álcool e drogas; bem como o vício de jogos.

Há alguns anos, Joyce Meyer escreveu “O vício de agradar a todos – liberte-se da necessidade de aprovação”, que é um dos exemplos de vício menos óbvio. Vícios sempre estão relacionados a comportamentos extremos, que causam danos aos viciados, bem como aos que o rodeiam. O desejo de agradar aos outros sem se levar em conta cria ressentimentos de parte a parte e pode resultar em uma anulação total da própria pessoa, com riscos graves de ansiedade e depressão. Se não se consegue ser mais equilibrado na troca social de preferências e realidades, corre-se o risco de baixar a autoestima até chegar a um ponto patológico. Assim, a vida perde o sentido e algo que podia ser belo (uma entrega generosa) torna-se doentio e rígido.


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Outro exemplo de vício menos comum é o perfeccionismo. Embora exista o conhecimento de que é humanamente impossível ser perfeito em tudo, isso acaba sendo o objetivo no trabalho, em casa e com os amigos. Esta exigência pessoal leva a um estado de insatisfação, exaustão e ressentimentos; pois, para pessoas perfeccionistas, nada é suficientemente bem feito. Não existe tempo para dormir, relaxar; somente para “fazer” ou “ter”. Os vícios criam um mundo absurdo do “tudo” ou do “nada”. Por exemplo, se não posso ter um “A” no teste, não vale nem a pena tentar; se vou me casar, tenho que ter a cerimônia mais linda, não importa quanto ela custe; se não posso ter a custódia de meus filhos, não vou nem tentar vê-los de vez em quando.

Nos vícios, somos prisioneiros de nós mesmos e/ou dos outros, muitas vezes porque assim nos ensinaram a ser ou porque houve um ou vários mal-entendidos que nos criaram essa necessidade. Na realidade, todos sabem que viver a vida assim é não ter vida. Nunca é tarde para parar, rever e refazer as coisas de outra maneira. Se precisar de apoio, busque-o. Raramente se consegue sair de um vício sozinho.

Há aqueles que conseguem vencê-lo, mas não os comportamentos rígidos de uma personalidade inerente… chamam-se os “bêbados secos” nos AAs (Alcoólicos Anônimos). Para ter uma vida saudável, não basta eliminar os comportamentos impulsivos e repetitivos que causam danos, mas também adotar uma filosofia de vida em que a aceitação e a compaixão para consigo e para com os outros são vividas, em que os autocuidados incluem diálogos abertos e planos concretos de um melhoramento pessoal e espiritual consistente: seu melhor presente para um presente melhor.
Se quiser comentar ou receber mais informações, telefone-me e/ou visite: http://www.ortigao.com



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