A volta de Donald Trump à Casa Branca deverá impactar na Imigração. O presidente eleito disse que pretende declarar o estado de emergência nacional e usar o exército para realizar deportação em massa. Clima de apreensão entre indocumentados
Da Redação – Em comunicado à imprensa, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, confirmou na segunda-feira (18) que pretende declarar o estado de emergência nacional e usar o exército para realizar deportação em massa de imigrantes. Determinado a cumprir o seu discurso de campanha, o republicano deverá usar recursos militares para combater a invasão mediante um programa de expulsão em massa.
A informação deixa os imigrantes indocumentados apreensivos, pois a ordem é para que o país “se livre” daqueles que estão em situação irregular. Isso poderá implicar no status de quem aguarda para obter anistia e mesmo quem se encontra na fila de espera para o trâmite final da regulamentação das respectivas documentações para se estabelecer nos EUA.
Segundo determinação de Trump, a Guarda Nacional, órgão militar sob o comando do governador de cada estado, deverá ser acionada para proteger o país em caso de conflito ou desastre. Ele declarou que esta força “deveria ser capaz” de se encarregar das expulsões de imigrantes considerados ameaça para os EUA.
Desde a sua contundente vitória nas eleições presidenciais de 5 de novembro, o republicano de 78 anos tomou medidas destinadas a implementar expulsões em massa de imigrantes, a quem acusa de envenenar “o sangue” dos EUA, de “infectar” o país, de comerem animais de estimação, de serem “assassinos” e “selvagens”, entre outros qualificadores depreciativos extremos.
Nos últimos dias, Trump nomeou Tom Homan como “czar da fronteira”. Ele não detalhou em que consistirá o trabalho deste ex-diretor da “Polícia de Imigração (ICE)” durante seu primeiro mandato, mas o nome do cargo fala por si. Homan apoia uma linha dura em questões de imigração. Entre 2017 e 2018, supervisionou uma política que levou à separação de 4.000 crianças imigrantes dos seus pais.
O presidente eleito reforçou esta nomeação com outros dois políticos de linha dura: Kristi Noem à frente do “Departamento de Segurança Interna”, responsável pelas alfândegas e proteção das fronteiras e gestão da migração; e Mike Waltz como “Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca”.
As associações de defesa dos direitos humanos estão preocupadas com o destino dos mais de 11 milhões de imigrantes em situação irregular nos EUA. Economistas também alertam que uma expulsão em massa acarretará um custo exorbitante e teria um impacto devastador na economia dos EUA, que já sofre de escassez de mão-de-obra.
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