Acusado de antissemitismo, o professor brasileiro Carlos Portugal Gouvêa, foi afastado de suas funções na “Universidade Harvard”, ao atirar com arma de chumbinho próximo a uma sinagoga. Ele foi detido e seguem as investigações
Da Redação – Uma das mais importantes “Faculdade de Direito” da “Universidade Harvard”, no estado de Massachusetts, optou em afastar o professor brasileiro Carlos Portugal Gouvêa das funções, por atirar com uma arma de chumbinho perto da sinagoga Beth Zion, na cidade de Brookline, onde reside. O episódio aconteceu na véspera de uma data sagrada para o judaísmo, o Yom Kippur, e deixou os frequentadores da sinagoga assustados.
Acusado de antissemitismo, o afastamento de Gouvêa foi confirmado pelo site “The Harvard Crimson”, e também pelo diretor de comunicação da “Faculdade de Direito de Harvard”, Jeff Neal. A atitude do professor foi considerada “ofensiva” pelos judeus que estavam na sinagoga.
O brasileiro foi detido e levado à delegacia da cidade após funcionários da sinagoga acionarem a polícia ao ouvirem os disparos, causando pânico entre as pessoas na sinagoga. Gouvêa, no entanto, justificou os disparos, alegando à polícia que estava caçando ratos.
Segundo disseram os policiais que atenderam a ocorrência, os disparos não foram feitos na direção da sinagoga, mas ao redor dela. A casa do professor é vizinha do templo. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado, mas deve responder a processo.
A direção da universidade achou por bem afastar Gouvêa das salas de aulas, até que as investigações comprovem o seu relato – de atirar contra ratos. Ele é professor visitante de “Harvard”, desde setembro deste ano, e professor de direito comercial da “USP” desde 2011. É doutor por “Harvard”, e na “USP” dá aulas de Direito Empresarial, de Direito dos Contratos e de Governança Corporativa.
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