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Vida de Músico
Edição de janeiro/2018 – p. 42
Viver de música não é tarefa fácil. Para exercer a profissão é necessário muito estudo, disciplina, determinação, criatividade e muito jogo de cintura. No Brasil, por exemplo, com o passar dos anos a música mecânica conquistou boa parte do espaço até então ocupado pela música ‘ao vivo’. Muitas são as casas noturnas que optaram por contratar apenas um DJ em vez de bandas inteiras, e com a redução dos valores pagos em cachês, as oportunidades de trabalho para os músicos também reduziram significativamente, bem como o cenário musical. Diante desse quadro pouco favorável, a categoria de músicos se viu na obrigação de buscar por novas possibilidades, para então continuar exercendo a profissão.
Jogo de cintura
Como em qualquer outra profissão, o músico moderno também deve acompanhar as tendências de mercado, atualizando seus conhecimentos referentes às novas tecnologias, como softwares e demais ferramentas de trabalho. Nos tempos modernos, não basta apenas tocar um instrumento. Fora do palco existe vida profissional, e também é para lá que o músico deve procurar novos nichos de mercado.
É preciso total interação com as novas tecnologias, que inclusive possibilitam divulgar os serviços oferecidos, seja através das redes sociais ou simplesmente com recursos que proporcionam contato direto com seus clientes – como o Skype, por exemplo.
Com base na correta utilização das ferramentas disponíveis, as possibilidades de trabalho certamente se multiplicarão. Professores de música hoje podem ter alunos em qualquer parte do mundo, desde que utilizem seus computadores para se conectarem ao Skype. As mesmas possibilidades se ampliam para os músicos que trabalham em estúdio, ou seja, com o uso do computador também poderão gravar em casa seus respectivos instrumentos ou locuções, e a partir de então enviar para seus clientes – sejam eles produtoras de jingles, produtoras de trilhas ou mesmo gravadoras –, todo o material gravado, atendendo todos os critérios de qualidade.
Foi exatamente utilizando desses recursos que gravei meus sete discos autorais. Conectando amigos músicos, residentes em diferentes cidades e até em diferentes países, gravamos juntos, sem necessariamente sairmos de nossos home studios. Portanto, as ferramentas são muitas e as possibilidades quase infinitas. Cabe, mais uma vez, buscarmos pela criatividade, associada a um pouco de jogo de cintura para encarar novos desafios.
Estados Unidos x Brasil
Se exercer a profissão de músico no Brasil não é tarefa fácil, viver de música nos Estados Unidos não é menos difícil, embora as possibilidades sejam indiscutivelmente maiores. O mercado de música aqui é potencialmente muito maior se comparado ao mercado brasileiro e, portanto, as possibilidades são compatíveis ao tamanho desse mercado.
Considerando que o mercado de instrumentos musicais e áudio movimenta nos Estados Unidos o equivalente a 17 bilhões de dólares ao ano, não resta dúvida que a música faz parte – e muito! – da vida dos norte-americanos. Os instrumentos musicais fabricados e comercializados anualmente geram milhares de empregos na indústria e no comércio. Como se isso não fosse o suficiente para uma indústria musical sadia, o baixo custo de fabricação e baixos impostos – inclusive os referentes a importação –, possibilita que o instrumento musical chegue facilmente nas escolas, nos palcos dos bares, nos parques temáticos, nas igrejas, e inclusive nos estúdios, onde serão utilizados para gravar as centenas de trilhas sonoras para o cinema e TV, e assim impulsionarem a poderosa indústria norte-americana do entretenimento movida a música! A título de exemplo, enquanto no Brasil o valor de um par de baquetas importadas ultrapassa o valor R$ 80,00 – em função da carga tributária que incide sobre produtos importados –, nos Estados Unidos o mesmo item não ultrapassa os US$ 8,00! Essa conspiração de fatores faz com que a indústria da música nos Estados Unidos não apenas comercialize um altíssimo volume de instrumentos, como também impulsione o mercado musical que cresce a cada ano.
Músico, indústria e oportunidades
Mais que em qualquer outro lugar do mundo, é nos Estados Unidos que o músico tem participação direta no desenvolvimento de instrumentos musicais, softwares e produtos de áudio profissional. É baseado nas necessidades deles, músicos, que os produtos são desenvolvidos e, portanto, nada mais lógico que a parceria entre músicos e a indústria.
Basta visitar as feiras de música ou mesmo as fábricas localizadas na Califórnia para identificar a presença constante do músico, que além de peça fundamental no desenvolvimento dos novos produtos, também atua como especialista de produtos. Incontestavelmente serão eles os melhores demonstradores dos muitos recursos e aplicativos que os produtos oferecem. Com um instrumento na mão e uma infinidade de informações na cabeça, os novos lançamentos são apresentados nas escolas, lojas, feiras de música e estúdios. Num mercado onde transbordam os lançamentos diariamente, é indispensável para indústria envolver o músico e disputar com o concorrente cada fatia de mercado. Custe o que custar, o músico é parte indispensável nesse processo.