Trump faz discurso de despedida e promete “rezar” pelo sucesso de Biden

Em discurso de despedida, Donald Trump pontuou seus feitos e pediu tolerância aos americanos.

 

Donald Trump deixa a Casa Branca com a mais baixa taxa de aprovação de qualquer Presidente desde que estes indicadores são medidos. Foi alvo de dois processos de impeachment, aprofundou a distância entre republicanos e democratas e não mostrou a preocupação exigida na luta contra a Covid-19

 

Da Redação


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Donald Trump fez o seu discurso de despedida, gravado em vídeo – e não transmitido pelas televisões. Na etapa final de seu mandato de quatro anos, o republicano prometeu “rezar” pelo sucesso de Joe Biden, apelou à união e admitiu que todos os norte-americanos veem com “horror” o que se passou no Capitólio em 6 de janeiro. Ao mesmo tempo, deixou um aviso: “Agora, enquanto me preparo para entregar o poder a um novo governo ao meio-dia de quarta-feira, quero que saibam que o movimento que iniciamos está apenas no início”, enfatiza.

E se o discurso inflamado de Trump em 6 de janeiro, quando a Câmara dos Representantes reconhecia a vitória de Biden, ocorrendo à invasão do Capitólio por centenas de apoiantes bastante violentos, agora a fala do ainda Presidente tem um tom conciliador.

“A violência política é um ataque a tudo que prezamos como americanos e nunca pode ser tolerada. A nossa crença no fato de que a nação deve servir os seus cidadãos não diminuirá, ficará cada vez mais forte à medida que o tempo passa,” disse Trump.

Depois de alguns parágrafos sobre a sua chegada à Casa Branca, “como uma pessoa fora do sistema”,  ele agradeceu aos “milhões de patriotas trabalhadores em todo o país” por o terem ajudado a construir o “o maior movimento político da História” dos EUA.

Trump destacou também “a construção da mais forte economia de sempre”, a introdução de um grande corte de impostos e o fim de regulamentos “fatais para a criação de emprego”. Citou os acordos que conseguiu entre países sem relações diplomáticas prévias – nomeadamente entre Israel e os países do Golfo –, o aumento das contribuições para o orçamento da NATO e as “históricas e monumentais” tarifas impostas à China.

O republicano desejou boa sorte a Biden e agradeceu a Mike Pence, seu vice-presidente, pelo apoio e pelo serviço. Trump finalizou com um pedido: “Agora mais do que nunca devemos unir-nos em torno de nossos valores partilhados, superar o rancor partidário e forjar o nosso destino comum”.

 

Baixa taxa de aprovação

Trump deixa a Casa Branca com a mais baixa taxa de aprovação de qualquer Presidente desde que estes indicadores são medidos. Foi alvo de dois processos de impeachment, aprofundou a distância que há muito estabelecida entre republicanos e democratas e não mostrou a preocupação exigida na luta contra a covid-19.

Tem apenas 33% dos americanos fãs da sua conduta até ao último minuto, de acordo com uma nova sondagem da Universidade Quinnipiac. A desaprovação é de 60%, a pior desde que Jimmy Carter deixou o cargo, em 1981, com 44%.

Em Washington, 25.000 soldados do exército americano já estão posicionados para garantir uma posse tranquila de Biden, nesta quarta-feira, ao meio dia. Em contrapartida, há um clima de atenção entre agentes do FBI, após declarações de apoiadores de Trump de que ocorrerá levantes durante a cerimônia de posse. Tudo é tratado com muito mais cuidado, pois há militares posicionados em quilômetros quadrados, mais parecendo um cenário de guerra.

 

 



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