Temer fala da preocupação com meio ambiente na ONU

Temer fala da preocupação com meio ambiente na ONU

Edição de setembro/2017 – pág. 10

A fala do Presidente Michel Temer durante o seu discurso na 72ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York , aborda sobre a polêmica área para exploração de minério na Amazônia, citando a sua preocupação com o meio ambiente. “O desmatamento é uma questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia”, disse no plenário.

“Nessa questão, temos concentrado atenção e recursos. Pois trago a boa notícia de que os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam diminuição de mais de 20% do desmatamento naquela região”, enfatiza.


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O presidente se refere aos dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados no dia 22 de agosto. Entre agosto de 2016 e julho de 2017, período usado como parâmetro para a medição, o desmatamento acumulado na região foi de 2.834 Km².

É um número menor apenas que o do ano passado (3.580 Km²) e retrasado (3.323 Km²) na série histórica. Mas ainda assim, foi desmatado no último ano quase duas cidades de São Paulo inteiras. “Retomaremos o bom caminho e nesse caminho persistiremos”, disse Temer em Nova York.

Sem falar sobre metas, Temer lembrou que o Brasil é líder na produção de energia hídrica e em bioenergia. “O meu país está na vanguarda do movimento em direção à economia de baixo carbono”, afirmou. “O compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável permeia nossas políticas públicas”.

Embora tenha usado parte do seu tempo para falar sobre o meio ambiente no plenário das Nações Unidas, Michel Temer demorou para se pronunciar quando seu Governo acabou, por decreto, com a chamada Renca ( Reserva Nacional de Cobre e seus Associados), no fim do mês passado. A Renca é uma área na Amazônia, do tamanho da Dinamarca, entre o Amapá e o Pará, que foi liberada para ser explorada. Após uma série de protestos contra a liberação, o presidente chegou a afirmar que “a Renca não é nenhum paraíso”, e foi novamente criticado.

A questão agora está na Justiça, que atendeu ao Ministério Público Federal e às populações indígenas locais, declarando o decreto do Governo ilegal.



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