Suspensão de deportação na fronteira impulsiona pedidos de entrada nos EUA

Aumenta o número de imigrantes na fronteira dos EUA com o fim do “Título 42” da era Trump. Foto/Divulgação

Com a suspensão do “Título 42”, uma das últimas barreiras impostas pelo ex-presidente Donald Trump à imigração, indocumentados pedem entrada nos EUA, em meio a prisões recordes na fronteira do país

Da Redação – Com o fim do “Título 42”, a partir do dia 21 de dezembro – medida que autoriza a deportação imediata de imigrantes na fronteira pelo “Departamento de Segurança Interna (DHS)” –, será permitida a entrada e pedidos de refúgio de venezuelanos e milhares de pessoas de outras nacionalidades nos EUA. Segundo autoridades de imigração, o fluxo de imigrantes para a fronteira sul do México deverá aumentar nos próximos dias, após o anúncio que cancelará a expulsão de indocumentados.

São esperados imigrantes da Venezuela, Equador, El Salvador, Colômbia e República Dominicana que estão retidos no sul do México, uma semana depois que um juiz dos EUA bloqueou o “Título 42”, incentivando a volta em massa de pessoas na fronteira entre México e EUA.


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Segundo Luis Rey García Villagrán, diretor do “Centro para a Dignificação Humana (CDH)” em Chiapas, no México, disse nesta segunda-feira que a mudança, que entra em vigor em 21 de dezembro, “aumentará a imigração, pois devemos lembrar que, por uma questão cultural, imigrantes de todas as nacionalidades buscam chegar à fronteira norte em dezembro, principalmente a imigração mexicana, que aumentou demais”, afirmou.

A resolução judicial da última terça-feira não apenas derruba uma das últimas barreiras impostas pelo ex-presidente Donald Trump à imigração, como também representa um desafio para o governo de Joe Biden em meio a prisões recordes de imigrantes indocumentados na fronteira com o México.

Só em outubro houve 230 mil detenções na fronteira com o México, com mais de 78,4 mil expulsões do território estadunidense. Nesse contexto, García Villagrán lamentou que a imigração continue sendo uma bandeira política entre republicanos e democratas nos EUA.

O ativista indicou que já há aumentos na migração, observando que mais de 140.000 pessoas caminharam no último mês de Ciudad Hidalgo, Chiapas, a San Pedro Tapanatepec, Oaxaca, que se tornou “um território dramático”.



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