A equipe de transição do presidente eleito, Donald Trump, trabalha com a possibilidade de que países vizinhos possam receber os imigrantes expulsos dos EUA. O governo das Bahamas, das Ilhas Turks e Caicos, anunciaram que não aceitariam deportados
Da Redação – Em acordo com o Panamá para cobrir os custos de repatriação de imigrantes detidos ao tentar cruzar o Darien – corredor de trânsito para indocumentados que, por terra, planejam cruzar as Américas para chegar aos EUA –, autoridades americanas apostam que os deportados sejam acolhidos por aquele país. Em contrapartida, o governo das Bahamas rejeitou a proposta da equipe do presidente eleito, Donald Trump, para aceitar imigrantes de outros países que foram expulsos.
A administração liderada por Philip Davis relatou na quinta-feira (5), que recebeu uma proposta da equipe de transição de Trump para que as Bahamas aceitem voos com imigrantes deportados de outros países. A proposta foi apresentada ao governo das Bahamas, mas o primeiro-ministro estudou-a e rejeitou-a firmemente, destacou o comunicado.
A equipe de Trump não fez comentários sobre a declaração das Bahamas, mas se comenta nos bastidores de Washington que além das Bahamas, o governo Trump também planeja levantar a possibilidade de outros países da região, como o território ultramarino britânico, Ilhas Turcas e Caicos, além de Granada, que acolham os indocumentados.
Os conselheiros de Trump elaboraram uma lista de países aos quais os EUA vão solicitar para acolherem imigrantes deportados quando os seus países de origem se recusarem a aceitá-los. Porém, no caso do Panamá, o governo garante que não houve contatos oficiais para receber os indocumentados.
No dia 1º de julho, quando José Raúl Mulino tomou posse como presidente do Panamá, o secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, assinou com o novo chanceler do país centro-americano, Javier Martínez-Acha, um acordo pelo qual Washington comprometeu-se a “cobrir as despesas” de repatriamento dos imigrantes que atravessam a selva de Darién para chegar ao seu território.
O acordo faz parte do plano para deter os imigrantes que pretendem cruzar o Panamá no caminho da América do Sul para os Estados Unidos. Desde então, centenas de pessoas foram deportadas em voos charter, a maioria deles colombianos.
Já no caso das Ilhas Turks e Caicos, as autoridades anunciaram que não aceitariam deportados dos EUA. “As Ilhas Turks e Caicos, como todas as nações, têm o direito soberano de determinar quem pode residir dentro das suas fronteiras”, disse o ministro da Imigração, Arlington Musgrove.
Guerra contra a imigração irregular Trump, que assumirá a presidência dos EUA em 20 de janeiro, reiterou a sua intenção de efetuar um programa massivo de deportações de imigrantes irregulares. Durante a campanha presidencial de novembro, o republicano usou uma retórica feroz contra os migrantes, a quem culpou por uma alegada onda de crimes.
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