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Pagando Mico!
Quantas vezes você já não pagou o seu? E às vezes até porque foi induzido a ele. Como aquele atrapalhado locutor de rádio que em plenos anos noventa, anunciava solenemente a assinatura do acordo de paz para o fim da segunda guerra mundial.
E assim às vezes pagamos micos sem volta. Só porque na maioria das vezes não sabemos lidar com as nossas imperfeições e nos metemos a lidar com as dos outros. E também acabamos jogando pela janela aquilo de que gostamos, mas só vamos descobrir isso bem mais tarde, e também, muito tarde. É que por não saber lidar com a imperfeição dos outros não sabemos lidar também as nossas. E o mico está em que alguém pode passar perto da janela e recolher o que jogamos fora.
Lembrei que na maioria das vezes comparamos as imperfeições dos outros com um cheque sem data. Para ser cobrado depois. Nosso mico está em que o nosso também poderá no futuro, estar sem saldo suficiente. Mais um mico.
Quando discutimos as relações humanas, tentamos não entender os outros, mas sim a nós mesmos. Embora sejamos juízes dos outros. Não nossos. Isto, jamais!
E onde estaria o mico? Naquela célebre frase do macaco, “Eu só queria entender”!
Somos capazes de criticar as mulheres quando em uma festa umas falam das outras, julgam as roupas, cabelos, maquiagem, calçados, elegância. Tudo!
E nós somos incapazes de descobrir que estamos nos julgando. Claro porque sem pensar em assumir, estamos comparando todos estes nossos quesitos.
E onde está o mico?
Como nós. Sentados encima dos próprios rabos.
E puxando o dos outros!
A partir desta semana, se soma aos nossos parceiros o Jornal Nossa Gente (www.nossagente.net) de Orlando, Flórida (EUA), e Jornal Porto News (www.jornalportonews.com) de Porto Nacional no Tocantins. Sejam bem vindos.
Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante. Esta crônica está em mais de noventa jornais impressos e eletrônicos no Brasil e exterior. Contatos, ajrs010@gmail.com