-
Retomada do ‘Insight’ promove expansão do empreendedorismo em Orlando - 22/05/2023
-
O primeiro Summit da CFBACC foi um sucesso, marcando o início de uma jornada promissora para o intercâmbio comercial e a cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos - 11 hours ago
-
Reembolso em dinheiro para voos cancelados e atrasados, obriga nova regra - 11 hours ago
-
Polícia Federal restabelece emissão de passaporte: invasão de hacker tumultua - 12 hours ago
-
‘TiK Tok’ ameaçado de ser banido dos EUA após Biden decretar a proibição - 12 hours ago
-
Países mais beneficiados com cidadania americana; Brasil não aparece na lista - 1 day ago
-
‘Aeroporto de Atlanta’ apontado entre os 10 mais movimentados do mundo - 1 day ago
-
Falta de investimentos suspende construção de moradias para homeless - 1 day ago
-
Orlando sai à frente na Flórida: 4 restaurantes recebem a estrela Michelin - 23/04/2024
-
Equipe brasileira surpreende e conquista 1º lugar no “Mundial de Robótica” - 23/04/2024
-
Famílias tentam barrar construção de casas para idosos; entenda o impasse - 23/04/2024
MPF pede que pilotos norte-americanos sejam extraditados e presos no Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que decrete a prisão preventiva dos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pilotos do jato Legacy 600 que, em 29 de setembro de 2006, se chocou, em pleno ar, com o Boeing 737 da empresa aérea Gol. Cento e cinquenta e quatro pessoas que viajavam a bordo do Boeing morreram no acidente.
Réus nas ações penais ajuizadas pelo MPF em Sinop (MT), Lepore e Paladino foram condenados, em primeira instância, a penas de quatro anos e quatro meses em regime semiaberto por atentado contra a segurança do transporte aéreo. Os dois recorreram da decisão e obtiveram, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a redução da pena para três anos, um mês e dez dias em regime semiaberto. Os pilotos ainda tentam reverter essa última sentença.
Como a sentença do TRF1 veta a possibilidade de substituir a detenção em regime semiaberto por uma pena mais branda restritiva de direitos, o MPF dá como certo que Lepore e Paladino deverão ser levados a um estabelecimento penal brasileiro tão logo o processo que tramita na Justiça Federal de Sinop seja encerrado e já não haja mais possibilidade de qualquer recurso.
Para garantir que Lepore e Paladino cumpram suas penas, o MPF também pediu que o STJ determine que o Ministério da Justiça peça às autoridades norte-americanas a extradição dos pilotos, com base em tratado assinado pelos dois países. Caso os Estados Unidos não aceitem extraditar os dois pilotos, a subprocuradora sugere que o processo penal seja transferido do Brasil para as cortes norte-americanas.
No pedido apresentado ao STJ no último dia 20, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araujo, aponta a preocupação com o fato de Lepore e Paladino terem voltado aos Estados Unidos, onde moram, viver em liberdade e recusar “a se sujeitar à jurisdição brasileira, demonstrando profundo desdém pelas formalidades das ações penais”.
“Portanto, diante da virtual impossibilidade de execução penal no Brasil contra os ainda recorrentes [Lepore e Paladino], é seguro dizer que nenhum deles será alcançado pelo comando condenatório proferido na jurisdição penal brasileira, o que acentua ainda mais a sensação de impunidade”, aponta a subprocuradora, lembrando que, ao serem autorizados a retornar aos Estados Unidos, em 2006, os pilotos se comprometeram a voltar ao Brasil a fim de comparecer a todos os atos processuais. “Jamais o fizeram e jamais o farão. Assim como falsearam registros de voos e mentiram em seus interrogatórios judiciais, os sentenciados mentiram uma vez mais para a Justiça brasileira quando prometeram voltar ao Brasil para prestar contas de seus atos”, observa Lindôra.
De acordo com o MPF, os dois pilotos norte-americanos não respeitaram o plano de voo, voando a uma altitude reservada a aeronaves que viajavam em sentido contrário. Vendido pela Embraer a uma empresa norte-americana, o Legacy tinha partido de São José dos Campos, no interior paulista, com destino aos Estados Unidos. A colisão com o Boeing da Gol ocorreu sobre Mato Grosso.
Ainda segundo o MPF, Lepore e Paladino desligaram o transponder, aparelho que informa a posição exata da aeronave aos controladores de voo, e negligenciaram problemas de comunicação. Em uma segunda denúncia, de 2009, o MPF acusa Lepore e Paladino de terem fornecido falsas informações a respeito das condições do jato Legacy e, além do transponder, também não ter ligado o Tcas (do inglês Sistema Anticolisão de Tráfego), aparelho que poderia ter alertado sobre a proximidade de outras aeronaves.
Fonte: Agência Brasil