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Jimmy Carter, ex-presidente e símbolo de paz, morre aos 100 anos

O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, faleceu aos 100 anos em sua cidade natal, Plains, Geórgia, encerrando uma vida marcada por dedicação à paz, aos direitos humanos e a causas humanitárias globais. Embora sua presidência (1977-1981) tenha enfrentado desafios como inflação e a crise dos reféns no Irã, seu legado como ex-presidente o consagrou como uma figura admirável.
Após deixar o cargo, Carter dedicou-se à mediação de conflitos, eleições justas e iniciativas de saúde global, como a erradicação da dracunculose, que passou de 3,5 milhões de casos em 1986 para apenas 27 em 2020. Ele fundou o Carter Center, trabalhou com Habitat for Humanity e ganhou o Nobel da Paz em 2002 por esforços contínuos em prol da democracia e da justiça social.
No entanto, sua presidência foi marcada por algumas críticas severas. Apesar de realizações como os Acordos de Camp David entre Israel e Egito e a formalização de relações com a China, ele enfrentou dificuldades políticas e econômicas, incluindo a crise energética e o fracasso na missão de resgate de reféns no Irã. Sua abordagem franca e avessa a acordos de bastidores foi mal recebida por alguns congressistas.
Mesmo com altos e baixos, Carter sempre valorizou a fé cristã, a paz e os direitos humanos. “Acredito que Deus nos dá capacidade de escolha, e devemos escolher aliviar o sofrimento e trabalhar pela paz”, declarou em seu discurso ao receber o Nobel. Ele será lembrado não só como um presidente, mas como um humanitário que transformou derrotas em vitórias para a humanidade.