Governo da Flórida é acusado de censura após banir livros premiados das escolas

Governo da Flórida é acusado de censura após banir livros premiados das escolas

Editoras renomadas, autores consagrados e pais estão desafiando o governo da Flórida em uma batalha judicial que levanta questões sobre liberdade de expressão e censura nas escolas públicas. A polêmica gira em torno da lei HB 1069, que busca barrar conteúdos considerados “pornográficos” nas bibliotecas escolares, mas que resultou na remoção de obras literárias premiadas, como The Bluest Eye de Toni Morrison e Love in the Time of Cholera de Gabriel García Márquez.

A Flórida, em sua defesa, argumenta que a escolha de livros nas escolas é um ato de “expressão governamental” e não uma violação da Primeira Emenda. Segundo o Estado, os alunos podem acessar essas obras fora do ambiente escolar. No entanto, os autores da ação afirmam que a lei é excessivamente abrangente, levando à censura de obras com reconhecido valor artístico e educacional.

A controvérsia alcançou os distritos escolares de Orange e Volusia, onde títulos foram removidos “em conformidade com a lei estadual”, segundo os representantes locais. A ação destaca que a medida prejudica a liberdade de acesso dos alunos a uma educação rica e diversificada, limitando discussões sobre questões culturais, políticas e sociais.


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Enquanto o debate judicial avança, a questão central permanece: até que ponto a proteção de crianças justifica a restrição de acesso a conteúdos literários nas escolas?



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