Epidemia de gripe atinge o Rio de Janeiro; médicos e turistas em alerta

Mais de 23 mil casos de gripe influenza foram contabilizados nas últimas semanas no Rio de Janeiro

Não bastasse os cuidados com a variante Ômicron, epidemia de gripe influenza atinge o Rio de Janeiro. Infectologistas alertam a população para que se vacinem em postos da cidade. A preocupação é com turistas que chegam as para festas de final de ano

Da Redação

A epidemia de gripe no Rio de Janeiro, a influenza A, já contabilizou mais de 23 mil casos nas últimas semanas, o que vem preocupando as autoridades de saúde da cidade. E não bastasse os cuidados com a variante Ômicron, o surto de gripe é outro agravante que está em alerta, principalmente à estrangeiros que desembarcam no Rio para as festas de final de ano. Tudo isso ocorre em momento em que as hospitalizações e as mortes por Covid-19 estão em baixa.


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Segundo infectologistas, entre os fatores que ajudam a entender esse cenário, destacam o relaxamento nas medidas restritivas contra o coronavírus, a baixa taxa de vacinação contra essa doença e a grande quantidade de cidadãos vulneráveis e sem imunidade contra esse patógeno.

Eles também destacam que a situação preocupa e é preciso tomar alguns cuidados para que a crise não transborde e atinja outras cidades brasileiras ao longo dos próximos meses.

O infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que, ao longo de 2020, o coronavírus, causador da Covid, reinou praticamente sozinho entre as infecções respiratórias que acometeram os brasileiros.

Com o avanço da vacinação e os demais cuidados preventivos, porém, houve uma mudança importante nessa disputa a partir do segundo semestre de 2021. Patógenos que estavam praticamente sumidos, como o vírus sincicial respiratório, o bocavírus e o parainfluenza, voltaram a aparecer e a afetar especialmente a saúde das crianças.

Tipicamente, os surtos e as epidemias de gripe, segundo o médico, costumam acontecer entre os meses de abril, maio, junho e julho, na virada entre outono e inverno. Isso ocorre porque, na época de frio, as pessoas tendem a ficar mais próximas umas das outras e em lugares fechados, o que facilita a transmissão viral.

A situação atual do Rio de Janeiro, que se desenrola praticamente no início do verão, é inesperada. Mesmo assim, ela pode ser explicada por fatores relevantes. “Pelas informações que temos, a cepa de influenza que circula no Rio de Janeiro é a mesma que está na Europa e nos Estados Unidos. Possivelmente alguém se infectou lá e reintroduziu o vírus na cidade”, disse Chebabo.

Medidas emergentes

Com a epidemia de gripe instalada no Rio de Janeiro, a Prefeitura lançou mão de diversas ações para conter o problema. A primeira foi a criação de centros de atendimento e testagem para indivíduos com sintomas gripais. As autoridades cariocas já anunciaram cinco unidades dessas, que têm capacidade de atender mil pacientes por dia.

De acordo com um comunicado publicado no site da Prefeitura, esse sistema de polos de atendimento “já havia sido adotado em 2009, durante um surto de gripe H1N1. Na ocasião, também foi registrado aumento na procura por atendimento nas unidades de saúde”.

Outra medida foi o reforço na vacinação, que esbarrou na falta de doses e ficou paralisada nos primeiros dias de dezembro.

Embora seja menos agressiva que a Covid-19, a gripe também está relacionada com hospitalizações e mortes. A Organização Mundial da Saúde estima que, no planeta, até 650 mil pessoas morram todos os anos de complicações respiratórias relacionadas ao vírus influenza.



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