Diálogo entre pais e filho poderá evitar a fatalidade

Diálogo entre pais e filho poderá evitar a fatalidade

Edição de maio/2018 – pág. 03

Diálogo entre pais e filho poderá evitar a fatalidade

O episódio envolvendo os adolescentes Jesse Sutherland e Simeon Hall – condenados e julgados –, no assassinato do brasileiro Roger Thomé Trindade, em outubro de 2016, aos 15 anos, abre questionamentos consideráveis quanto à falta de participação dos pais – de forma mais ativa e presente – nos dia a dia dos filhos. Com o avanço da tecnologia, da influência das redes sociais, cria-se um abismo no diálogo em família, e esse distanciamento pode gerar surpresas inconvenientes no âmbito familiar. E trancar-se no quarto com fone de ouvido, os dedos ágeis nas mensagens instantânea do whatsApp, tem feito do jovem um instrumento do individualismo, refém de si mesmo, afastando-se tudo e todos de suas decisões, até mesmo quando no ímpeto de fúria resolve-se fazer justiça com próprias mãos, caso da fatalidade de Winter Park.

A boa conversa entre pais e filhos ainda é o caminho mais seguro. O compromisso participativo em avaliar e observar o tem acontecido no histórico dos jovens, seja na escola, no trabalho ou até mesmo nas horas de lazer, conta pontos. O acompanhamento é imprescindível. O pai e a mãe devem estar atentos. A adolescência é uma fase de transição, cheia de riscos, questionamentos e angústia. A boa comunicação neste período é primordial para que ele – o adolescente – possa saber lidar com as situações imprevistas, de forma responsável, mediante todas essas mudanças e pressões.


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Sem dúvida, as famílias de Jesse, de Simeon e de Roger foram prejudicadas ao extremo, com o destino fatídico dos seus filhos. E o que poderia ter sido um futuro promissor, com grandes feitos na carreira de cada um desses jovens, se transformou em realidade sombria – sem perspectiva alguma diante do caos iminente. E não há o que fazer.

Resta, no entanto, aos pais, à incumbência de reavaliar conceitos e de se aproximar dos filhos, amigavelmente, não com intransigência – autoritarismo –, evitando decepções no futuro. É importante averiguar o que ocorre no mundo particular do adolescente, mostrar-se solícito.

Percebe-se que não só os filhos, mas os pais também estão se ausentando, às vezes estão em casa, mas suas mentes e corações estão focados em qualquer outro lugar do mundo que não seja o seu lar. E não adianta tentar impor as coisas aos filhos, os pais precisam ensinar e o ensino só vem através da gentileza e do exemplo. Lembrando que o diálogo entre pais e filhos, poderá evitar a fatalidade de cada dia.



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