‘Criminosos fantasmas’ dificultam o trabalho de agentes dos EUA na fronteira

Tráfico sexual e tiroteio mostram como traficantes agem clandestinamente na fronteira. Autoridades policiais e de imigração dos EUA, denunciam “criminosos fantasmas”, membros de gangue venezuelana, se infiltrando no país

Da Redação – Segundo denúncias de autoridades policiais e de imigração dos EUA, “criminosos fantasmas”, membros de gangues venezuelanas, estariam se infiltrando no país. Com isso, tem dificultado a ação de agentes de fronteira rastrear imigrantes de países que não fornecem informações sobre seus antecedentes criminais. Tráfico sexual e tiroteio mostram como traficantes agem clandestinamente na fronteira, usando de estratégias mirabolantes, colocando pessoas de vários países em risco.

Tentando conter o avanço das atrocidades, envolvendo imigrantes, autoridades de imigração não têm medido esforços, lançando mais de 100 investigações sobre crimes ligados a supostos membros da violenta gangue. A ação de traficantes tem resultando em tiroteio à queima-roupa contra policiais, de acordo com relatórios do “Departamento da Segurança Interna.”


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Mais de 330 mil venezuelanos cruzaram a fronteira dos EUA no ano passado, de acordo com dados da “Alfândega e Proteção de Fronteiras”, e a Venezuela, como Cuba, China e alguns outros países, não fornece qualquer informação de antecedentes criminais às autoridades norte-americanas.

Como denunciou o ex-agente da “Patrulha de Fronteira”, Ammon Blair, a menos que os agentes obtenham o histórico criminal de um imigrante da Interpol, “não saberemos quem eles são, ou que tenham antecedentes criminais nos Estados Unidos. Podemos estar diante de ‘criminosos fantasmas’, sem dúvida”, relatou.

Durante a administração Donald Trump, as autoridades fronteiriças encontraram cerca de três milhões de pessoas sem documentos, atravessando para os EUA. Embora não esteja disponível uma discriminação por país de origem para esses anos, os imigrantes tendiam a vir da Guatemala, Honduras, El Salvador e México.

Já na administração Joe Biden, aponta o relatório, o número de pessoas que tentam entrar nos EUA aumentou para 10 milhões até à data e a composição do fluxo migratório mudou. Cerca de 800.000 venezuelanos tentaram atravessar desde 2021, com o número a aumentar de cerca de 50.500 no ano fiscal de 2021 para 334.900 no ano fiscal de 2023. O influxo representou um desafio único para a administração Biden.

Denúncia de mulheres imigrantes

No mês passado, agentes de imigração desmantelaram um suposto esquema de tráfico sexual na Louisiana, onde membros de gangues supostamente forçaram mulheres imigrantes venezuelanas a realizar trabalho sexual para pagar contrabandistas que as trouxeram para os EUA.

As mulheres imigrantes denunciaram que os supostos membros da gangue venezuelana providenciaram para que elas voassem de El Paso, no Texas, para Baton Rouge, na Louisiana. Eram levadas para um prédio de apartamentos, onde teriam sido forçadas a fazer sexo com quatro homens por dia.

Descobriu-se que cerca de 64 mil dos imigrantes detidos durante a administração Trump, ou cerca de 2%, tinham antecedentes criminais. Até o momento, sob a administração Biden, cerca de 103 mil imigrantes tinham antecedentes criminais, ou pouco mais de 1%.

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