Este contingente de indocumentados, na sua maioria proveniente da Venezuela, caminhou 25 quilômetros e cerca de 10 horas contínuas, desafiando as ameaças de Donald Trump. Integrantes da caravana dizem que não vão desistir
Da Redação – Mesmo com as ameaças do presidente eleito, Donald Trump, em realizar deportação em massa em 2025, uma caravana de 1.500 imigrantes deixou a segunda-feira (2) a fronteira sul do México, rumo à fronteira com os EUA. Este contingente de indocumentados, na sua maioria proveniente da Venezuela, caminhou 25 quilômetros e cerca de 10 horas contínuas de Tapachula, a maior cidade na fronteira com a América Central, até Huehuetán, onde se dividiram em dois grupos.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que estes grupos temem a posse de Trump, e que antecipam a chegada ao reduto americano, correndo riscos com as novas políticas de imigração já em curso.
No denominado êxodo de indocumentados, também estão colombianos, haitianos, cubanos e centro-americanos, e de regiões mais distantes como o Oriente Médio. Membros do grupo de venezuelanos alegam que à insegurança, sequestros e extorsões em seu país de origem os obriga a buscar ajuda em terras americanas.
“Tememos que a fronteira feche porque a nomeação para asilo nos Estados Unidos leva de seis a sete meses. Muita gente tem sorte. Seria pior para nós esperar. Não vamos desistir”, disse um indiano, integrante da caravana.
A presidente mexicana enviou uma carta a Trump na qual explica a queda de 75% nos encontros diários de imigrantes indocumentados desde dezembro de 2023 na fronteira comum. O presidente eleito por sua vez, ameaçou o México, caso continue permitindo a passagem de indocumentados, com destino aos EUA.
María Esther Marroquín, membro da “Proteção Civil de Huehuetán”, confirmou que há 1.500 migrantes no grupo sem nenhum ferido, mas estão cansados da longa caminhada.
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