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Falta de expectativa no Brasil leva pais brasileiros a buscar futuro para os filhos nos EUA
Além do retorno econômico, educação e segurança estão entre os argumentos de brasileiros que optam por internacionalizar seus negócios e levar a família para os Estados Unidos, segundo constatado pela Consultoria americana Oxford Group na Flórida
Edição de maio/2019 – p. 08
Falta de expectativa no Brasil leva pais brasileiros a buscar futuro para os filhos nos EUA
Uma simples comparação entre os dados econômicos e sociais do Brasil e dos Estados Unidos podem revelar porque tantas famílias brasileiras estão deixando o país e se mudando para a terra do tio Sam. No Brasil: Desemprego em mais de 12%, Tributação elevada e números de violência crescente. Nos EUA: Menor desemprego em 50 anos – 3,6% no último trimestre, vantagens tributárias para empresas e segurança planejada. Números que fazem diferença na hora de decidir pela mudança de país.
Além destes números, a insegurança com a reforma da previdência no Brasil, o recente anúncio do corte no orçamento de Universidades Federais em 30% feito pelo MEC, podem ser fatores que aumentem ainda mais a procura de Brasileiros por uma vida fora do país. É o que acredita o economista e analista político, radicado nos EUA, Carlo Barbieri, que dirige há 30 anos a consultoria americana Oxford Group e auxilia famílias brasileiras a morarem e trabalharem legalmente nos Estados Unidos.
“Essas decisões políticas tendem a aumentar a insegurança da população de modo geral. Quando perdem a esperança no país, os pais procuram sim oportunidades de futuro para seus filhos no exterior. Em nossa consultoria detectamos que nos últimos 6 meses a justificativa apontada para a imigração planejada e saída do Brasil foram pontos como segurança, instabilidade econômica e poucas vantagens para manter negócios no país”, revela Barbieri.
Ranking de segurança
Os Estados Unidos ocupa o topo no ranking de avaliação nos quesitos segurança e moradia. Enquanto o Brasil figura como o 4º pior país em segurança entre outros 142. Dados do Instituto Gallup, mostram o alto índice de satisfação dos residentes nos Estados Unidos com as forças armadas e de segurança no País.
No Brasil, os dados mais recentes do Better Life Index, da Organização para Economia, Cooperação e Desenvolvimento (OECD) mostram que cerca de 37% das pessoas dizem que se sentem seguras andando sozinhas à noite, muito abaixo da média da OECD de 69%. O mesmo levantamento mostra que a taxa de homicídios do Brasil é de 27,6, mais de sete vezes a média da OECD de 3,6.
Ranking da educação
Nos Estados Unidos, 90% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos concluíram o ensino médio, muito acima da média da OCDE de 74%. Isto se aplica um pouco mais às mulheres do que aos homens, pois 89% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 91% das mulheres. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 488 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA – iniciais em inglês) da OCDE, um pouco acima da média da OCDE de 486.
No Brasil, 49% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos completaram o ensino médio, menor do que a média da OCDE, de 74%. Isso se aplica mais às mulheres do que aos homens, pois 46% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 52% das mulheres. Em termos de qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 395 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA – iniciais em inglês) da OCDE. Esta pontuação é inferior à média da OCDE, de 486.
Ranking tributário
As distinções no campo tributário dos dois países também são visíveis. Nos Estados Unidos reduziu o Imposto de Renda (IR) das empresas de 35% para 21%. No Brasil, a alíquota se mantém em 34% – a mais alta entre os países do G-20 e do Brics. A média global é de 22,96%, segundo a consultoria EY.
O desempenho da comunidade brasileira nos Estados Unidos também é um fator considerado por brasileiros na hora de escolher o país como nova moradia. Estudo de pesquisadores brasileiros, divulgado em 2017, mostrou que os domicílios chefiados por imigrantes brasileiros tiveram uma renda domiciliar média de US$ 55.463 de dólares. Este rendimento anual foi superior ao dos domicílios chefiados pelos outros imigrantes (US$ 49.484) e superior ainda ao dos chefiados por americanos nativos (US$ 54.455).
Mais brasileiros legais
Segundo o economista Carlo Barbieri, também aumentou o número de brasileiros que estão imigrando legalmente para os EUA. “Em 2018, o Brasil ocupou a sexta posição entre países com maior número de participantes de programa EB-5, que gera greencard para os estrangeiros que investem pelo menos U$500 mil em território americano. No último ano, foram emitidos 388 vistos EB-5 a brasileiros – um aumento de 37,5% em relação a 2017 – de acordo com o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA – em inglês, USCIS”, revela Barbieri.