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Semeadores
“Eis que o semeador saiu a semear” – Jesus (Mateus, 13:3)
Edição de março/2018 – pág. 26
Semeadores
A parábola do semeador nos traz profundos e sublimes ensinamentos. Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte das sementes caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda. Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes. Outras sementes caíram entre os espinhos, os espinhos cresceram e as sufocaram. Outras, enfim, caíram em boa terra, deram frutos a cem por um, sessenta por um e trinta por um.
Jesus explica a parábola, a pedido dos apóstolos. A semente é a palavra do reino, a ideia contida na palavra, a mensagem sobre as coisas espirituais. O semeador é Jesus. O solo é a mente, o coração dos que ouvem a mensagem.
Há pessoas de mentes áridas, endurecidas, não receptivas às coisas espirituais. Nelas a semente não penetra, consequentemente não germina. Os que simbolizam o terreno pedregoso já manifestam algum interesse pelo ensino; recebem a semente que nelas nasce, mas não chega a crescer e frutificar, porque essas mentes, embora já tenham alguma condição espiritual, o interesse é pequeno. Não se empenham em consolidar o conhecimento, em perseverar, em praticar. E assim, passados os momentos de entusiasmo, a planta boa não sobrevive. Morre por falta de alimento, de sustentação no Bem. Os que ouvem a palavra e podem entendê-la representam a terra capaz de receber a semente, permitir que ela nasça e cresça. Mas não há o cuidado de cultivar a boa semente, as ervas daninhas, os espinhos crescem juntos, abafam a boa planta e esta não chega a produzir. Os espinhos são as ilusões, os equívocos, as paixões inferiores que falam mais alto, impedindo o frutificar da semente boa. E por fim a terra boa, onde a semente nasce, cresce e produz 30, 60 e 100 por um. São os que ouvem a palavra, compreendem bem o seu significado e agem de acordo com o que foi assimilado. O resultado da terra boa, das mentes verdadeiramente receptivas à mensagem espiritual pode variar, pois cada ideia assimilada poderá produzir frutos em quantidades diferentes.
Isto exposto, vale nos perguntar: Que tipo de solo estamos sendo? Estamos criando condições em nós para que a boa semente germine e produza frutos? Os frutos são os atos, as realizações das pessoas. O que temos recebido de ensinamentos, de esclarecimentos sobre a vida imortal do Espírito está nos modificando para melhor? Está produzindo frutos por nosso intermédio?
A parábola nos leva também a refletir sobre a reencarnação. Se os seres humanos estão simbolizados nos diversos tipos de solo, e se somos irmãos, filhos do mesmo Pai, porque tanta diferença? Por que uns são receptivos ao Bem, guardam certa facilidade para desenvolver e realizar boas ações, enquanto outros se mostram como “solo beira do caminho”, isto é, não conseguem receber a boa semente? Só podemos entender essas diferenças pelo progresso já realizado anteriormente, antes da existência atual. O Pai efetivamente nos trata de maneira igual: faz o sol nascer para bons e maus, e chover sobre justos e injustos, conforme ensinou Jesus. Somos criados iguais, subordinados às mesmas Leis, e com as mesmas qualidades a serem desenvolvidas. Ocorre que uns já viveram mais, ou aproveitaram melhor o tempo. Outros são retardatários, ainda estão “mais verdes”, ou seja, progrediram menos. Daí a desigualdade apresentada pelas pessoas de um modo geral, simbolizadas na parábola pelos diversos tipos de solo.
A parábola nos permite, ainda, interpretá-la como sendo nós, os aprendizes do Evangelho, também semeadores. Neste caso, o que estamos fazendo das sementes, ou seja, dos ensinos que recebemos? Somos auxiliados para auxiliar, esclarecem-nos os instrutores espirituais. Estamos movimentando os recursos que nos foram confiados? Emmanuel nos diz (1) que o Divino Mestre “não nos fala que o semeador deva agir através de contrato com terceiros, e sim que ele mesmo saiu a semear”. “(…) Somos levados a reconhecer que o servidor do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios”.
E mais adiante: “(…) O semeador do Céu ausentou-se da grandeza a que se acolhe e veio até nós, espalhando as claridades da revelação e aumentando-nos a visão e o discernimento. Humilhou-se para que nos exaltássemos e confundiu-se com a sombra a fim de que a nossa luz pudesse brilhar, embora fosse fácil fazer-se substituído por milhões de mensageiros, se desejasse. Afastemo-nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear”.
Bibliografia: (1) XAVIER, Francisco C., pelo Espírito Emmanuel. Fonte Viva, p. 149