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Tolerância: mecanismo de defesa contra ódio nesse país
Edição de agosto/2017 – pág. 04
A violência predominante nos confrontos entre supremacistas brancos e grupos antirracistas no país tem sido o estopim da intolerância, abrindo precedentes perigosos, criando mácula entre pessoas e as distanciando. Os discursos xenofóbicos impulsionaram a ira de manifestantes que saíram as ruas de Boston – cerca de 40 mil -, com palavras de ordem contra neonazistas, na marcha que se concentrou no centro da capital de Massachusetts.
A catástrofe desencadeada em Charlottesville, na Virgínia, que matou jovem de 32 anos, arrastada e morta por um neonazista – seguida de atropelamentos e vários feridos -, é consequência de um período de intransigências, disseminado pelo governo Donald Trump. O poder não é instrumento de manipulação de massa. Entretanto, desde a posse do republicano à presidência dos EUA, em janeiro de 2017, que eventos racistas acontecem sucessivamente, com requintes de crueldade.
Trump não mede palavras – nem mesmo na fase de campanha presidencial, com discursos abastado de palavras ácidas, atacando muçulmanos, criticando o México pela invasão “de sua gente” às fronteiras dos EUA, também expelindo sua ira contra os indocumentados.
Já se previa uma era sombria e de insegurança, como vem acontecendo nos dias de hoje. São levantes em diferentes pontos do país, de negros, de brancos supremacistas – neonazistas -, deixando no centro do furacão os imigrantes com status de invisibilidade nos EUA, e mesmo os assegurados perante a lei americana.
O que acontece? A mudança de comportamento por parte de americanos radicais – extremistas – exige de cada um de nós tolerância. O imigrante de bem, que paga seus impostos e que trabalha pelo engrandecimento desse país, não pode deixar se levar pela onda de ataques – o que pode acontecer com você. À intolerância de qualquer espécie pode gerar discriminação e humilhação.
Não seja vítima da intolerância , portanto, todo cuidado é essencial para evitar confrontos, caso haja provocações. Manter-se equilibrado, mesmo diante de situações constrangedoras, é o passo mais acertado, burlando o que poderá se transformar em um verdadeiro transtorno.
Em meio a esse “fogo cruzado” que assola os EUA no momento, com grupos racistas, inflamados por suas convicções, não devemos criar situações que possam trazer intranquilidade às nossas famílias. Nunca revide, esse o mecanismo de defesa contra a intolerância nesse país.