Declarações do economista sênior do “Realtor.com”, Jake Krimmel, apontam que a meta de comprar a casa própria por jovens nos EUA, está cada vez mais distante. Morando na casa dos pais, a maioria se distancia do sonho americano, diz estudo
Da Redação – O que acontece com os jovens nos EUA? Segundo pesquisa do economista sênior do “Realtor.com”, Jake Krimmel, a casa própria, há muito considerada um pilar do “sonho americano”, vem se distanciando da expectativa de conquista dos mais jovens, mesmo simbolizando a capacidade de acumular riqueza e garantir estabilidade financeira a longo prazo. Se refugiando na casa dos pais, esta nova geração não está nada preocupada com o futuro, diz estudo.
“Hoje, esse sonho está mudando um pouco, à medida que as gerações mais jovens optam por alugar ou ficar em casa com os pais por mais tempo do que nunca. É uma consequência da crise de acessibilidade que persiste no mercado imobiliário”, aponta o magnata do mercado imobiliário e fundador da agência, Mauricio Umansky.
“No fim das contas, o sonho americano é possuir um imóvel, construir patrimônio, quitar a hipoteca e ter uma casa”, defende Umansky. No entanto,” alcançar esse sonho americano de ter uma casa própria está demorando mais, já que as altas taxas de hipoteca e os preços dos imóveis continuam a pesar sobre a acessibilidade”, acrescentou.
“A geração mais jovem realmente não consegue ter uma casa própria”, disse ele. “Mais uma vez, estou usando a palavra acessibilidade, mas é uma questão real de acessibilidade.”
Em maio, uma família típica dos EUA precisaria gastar 44,6% de sua renda para comprar uma casa de preço mediano, de acordo com dados recentes do “Realtor.com”. Esse valor está bem acima do limite recomendado de 30%, destacando como “a acessibilidade não está apenas limitada, está quase extinta”, afirmaram economistas da empresa, no relatório publicado recentemente.
As altas taxas continuam a pesar sobre a demanda e, consequentemente, sobre as vendas de imóveis, informa Jake Krimmel. Embora a taxa média de uma hipoteca de 30 anos tenha caído para 6,77% na semana passada, as taxas continuam “persistentemente altas, já que o ‘Fed’ ainda não sinalizou que um corte é iminente em sua próxima reunião em julho”, alertou o economista.
Krimmel enfatizou que a confiança do consumidor também permanece baixa, o que sugere que os consumidores não esperam que sua renda ou poder de compra cresçam muito nos próximos meses, o que é “o último obstáculo para melhorar as perspectivas de acessibilidade à moradia”, disse ele.
No entanto, economistas do “Realtor.com” dizem que ainda existem soluções para tornar a moradia mais acessível, como aumentar a renda ou reduzir os custos. Uma maneira de fazer isso é construir casas mais acessíveis, de acordo com o relatório de junho da empresa. “Novas ofertas e construções de casas, especialmente com preços acessíveis, podem ajudar a aliviar a pressão sobre os preços em mercados imobiliários apertados”, afirma o relatório.
Esta matéria é um oferecimento da Assureline Insurance
