Potencialização do Consulado de Orlando frente ao 4º maior polo brasileiro

O “Nossa Gente” conversou com o Cônsul João Lucas Quental Novaes de Almeida, do Consulado-Geral do Brasil em Orlando, abordando temas de interesse: mercado de trabalho, documentação, turismo e o crescimento da comunidade 

Walther Alvarenga

Ocupando a quarta posição entre onze mais importantes Consulados do Brasil nos EUA, atendendo com total eficiência a vasta Comunidade Brasileira da Flórida Central, e cidades adjacentes – Tampa e Jacksonville –, o Consulado-Geral do Brasil em Orlando estabeleceu a marca de virtualidade em seus trabalhos. Em apenas um ano e meio, desde que passou de vice-consulado para Consulado-Geral que a demanda acelerou, sob o comando do Cônsul João Lucas Quental Novaes de Almeida, assessorado pelo dinamismo de sua equipe. “Estamos emitindo de 550 a 700 passaportes ao mês, bem próximo do consulado de Miami, que emite 600 a 800 passaportes no mês”, enfatiza o Cônsul.


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“Passamos a frente do Consulado de Los Angeles, e somos hoje o quarto consulado entre os onze mais importantes do país, o que denota o nosso empenho, mesmo trabalhando com uma equipe pequena, mas obtendo  eficiência como resultado. Suprimos a demanda da nossa comunidade que cresceu muito nos últimos cinco anos. À nossa frente estão os consulados de Boston, Miami e Nova York, mas estamos chegando lá”, ressalta João Lucas Quental, falando ao “Jornal Nossa Gente” com exclusividade.

Jornal Nossa Gente – O crescimento da Comunidade na Flórida Central, destacando-se o empreendedorismo dos brasileiros, pode-se considerar fator preponderante pelo de crescimento do Consulado em Orlando?

João Lucas Quental – Evidente que sim. O forte crescimento e a expansão de negócios comandados por brasileiros em Orlando são fatores relevantes nessa escalada. E mesmo o fluxo de pessoas que se mudaram para a cidade, também a grande movimentação de turistas vindos do Brasil exigia que a cidade tivesse o seu Consulado. Era necessária uma agência consular e isso foi atendido, quando na inauguração do vice-Consulado do Brasil em Orlando. A demanda, no entanto, de serviços consulares continuou crescendo no âmbito comercial, cultural, entre outras necessidades dos brasileiros, transformando em Consulado -Geral em curto espaço de tempo. 

JNG – A sua nomeação para o Consulado de Orlando foi acertada, importante ressaltar, pelos feitos imprescindíveis na ajuda e fortalecimento da comunidade brasileira. O senhor se sente gratificado?

JLQ – Sou um embaixador de carreira, e estou há trinta e dois anos na Diplomacia. E desde que fui nomeado para o Consulado-Geral do Brasil em Orlando, tenho me empenhado com a máxima atenção aos interesses da nossa comunidade. A comunidade brasileira é abastecida por importantes investidores, empresários que vislumbram Orlando como um ponto primordial para os seus negócios. A cidade é o quarto maior polo de concentração de brasileiros, o que eu considero importantíssimo. Houve  um crescimento expressivo da comunidade nos últimos cinco anos, e o nosso dever enquanto consulado é corresponder a essa demanda com o melhor de nossos serviços.

JNG – Qual o perfil do brasileiro hoje vivendo em Orlando, e de que forma o senhor pode defini-lo? Quem são essas pessoas que imigraram e que continuam buscando a chamada ‘Capital do Parque Temático do Mundo’?

JLQ – Os brasileiros que vêm para cá têm um perfil diferenciado. São investidores que compram imóveis, abrem negócios, movimentado a comunidade, abrindo oportunidades de empregos, impulsionando a economia da cidade. Os brasileiros são muito bem avaliados e bem vistos pelas autoridades americanas. O brasileiro é muito bem recebido aqui. Por exemplo, o brasileiro tem um status imigratório regular. Isso significa que ele é contemplado pela imigração americana, seja com o visto de estudante ou o visto de turismo, pela sua conduta. Importante manter o status regular.

JNG – Quem são os brasileiros que mais procuram ajuda do Consulado, o que eles mais necessitam?

JLQ – Normalmente, são jovens – pessoas entre vinte e cinco a cinquenta anos que buscam a nossa ajuda. São recém-chegados ao país com dúvidas na documentação ou que nasceram nos Estados Unidos e querem informações. Na maioria, brasileiros com o nível superior, mas que encontram dificuldades em alguns aspectos, como as regras do trânsito, por exemplo, também a questão do idioma.  

JNG – E como o senhor avalia tantos brasileiros hoje inseridos no mercado de trabalho de Orlando, atuantes em vários segmentos, contratados por empresas americanas.

JLQ – Orlando vem no crescente, principalmente na indústria do turismo, com a expansão de parques temáticos, como o caso doEpic Universe’, do ‘Universal Orlando’, também a ‘Disney’ que já sinaliza fase de maior crescimento. Um mercado de trabalho que lida com muitos brasileiros que vêm passar férias na cidade. Essas empresas precisam contratar pessoas que falam o português para atender ao fluxo de turistas do Brasil, visitando os parques. A demanda abre um leque de oportunidades que favorece os brasileiros aqui residentes. São novos hotéis, inúmeras atrações, e existe a preocupação da indústria do turismo em suprir esse crescimento, recrutando a mão de obra brasileira. O brasileiro capacitado, evidente, acaba sendo contratado.

JNG – Mas essas contratações, no caso de brasileiros, exige que o contratado tenha um status regular, como o senhor colocou e que esteja com a documentação regularizada, não é verdade?

JLQ – A importância de ter um visto correto, e que a pessoa esteja dentro da regularidade que o país exige, é fundamental. Então, não haverá empecilhos nesse sentido. O brasileiro que pleiteia residir e trabalhar nos Estados Unidos deve verificar a sua documentação, pedir orientação e, se for necessário, voltar ao Brasil e fazer os procedimentos corretamente. O brasileiro, como eu disse, tem um perfil de boa aceitação no país, mas desde que se mantenha com status regular.

JNG – A vinda do Consulado a Orlando facilitou a vida dos brasileiros na questão da documentação, entre outros quesitos. Antes, era necessário se locomover até Miami, perdendo dias de trabalho. Foi uma conquista da comunidade, o senhor concorda?  

JLQ – Basta o brasileiro pegar seu carro e vir ao Consulado que prontamente vamos atendê-lo. A nossa regra é estar de portas abertas para receber os brasileiros, sem burocracias. No verão, fizemos uma colônia de férias para as crianças, que tinham acesso à leitura de livros brasileiros, conhecendo personagens brasileiros infantis e seus autores. Um projeto importante, mostrando as crianças a sua origem, as coisas dos Brasil. Também realizamos no Consulado um ciclo de palestras, de interesse da comunidade. Somos um Consulado pequeno, mas a nossa meta é crescer. E se hoje estamos em quarto lugar no ranking, podemos galgar posições acima.

JNG – Como fica a questão do Consulado Itinerante? Continua sendo feito ou todos os serviços estão concentrados na agência consular?

JLQ – Temos feito, sim, o Consulado Itinerante para favorecer os brasileiros em outras localidades que precisam do nosso atendimento. A demanda requer esse serviço e temos contado com ajuda de nossos voluntários, atendendo Tampa e Jacksonville. Estamos programando outros atendimentos nessas localidades.

JNG – A cidade Orlando promoveu anteriormente o “Brazilian Day” e a expectativa é para que a próxima edição aconteça ainda este ano. Como o senhor avalia essa possibilidade?

JLQ – Devido às condições climáticas da Flórida neste mês de setembro, que enfrenta a temporada de furacões, ficou definido que a festa brasileira possa acontecer no mês de novembro. Se fosse realizado agora, o ‘Brazilian Day’ correria um risco, o que poderia comprometer o evento. Temos conversado com os organizadores, também com a Prefeitura para ser realizado em novembro, um mês mais apropriado.

JNG – Algum recado ou recomendação em especial para a comunidade brasileira?

JLQ – Estamos de portas abertas para atender a todos, mas gostaria de fazer uma recomendação para que as pessoas tenham paciência porque o fluxo de atendimentos no consulado é muito intenso no período de férias. Muitas pessoas vão viajar para o Brasil e precisam renovar passaportes, entre outras necessidades. Recomendo a todos para não deixarem de última hora para resolver as suas pendências. Evidente que existem as emergências, situações inesperadas, mas, ainda assim, peço a compreensão dos brasileiros.

JNG –  O senhor é de onde no Brasil?

JLQ – Eu sou do Rio de Janeiro, mas fui morar em Brasília com meus pais ainda criança, e na adolescência residi nos Estados Unidos. Segui a carreira Diplomática e já estou há três anos fora do Rio de Janeiro. A minha família reside no Rio. Mas, o meu trabalho no Consulado-Geral do Brasil em Orlando vem sendo de extrema importância. A comunidade me recebeu muito bem, e tenho recebido críticas positivas. Sou grato pela compreensão de todos.

Serviço

Consulado-Geral do Brasil em Orlando

Endereço – 355 N Orange Ave, Orlando, FL 32801

Telefone –  321-758-7050

Horário  – abre as 09:30          E-mail – consular.orlando@itamaraty.gov.br

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