O mês de julho foi considerado o mais quente da história dos EUA, interferindo em voos nos aeroportos do país. As altas temperaturas acendem o alerta, e exigem redução de bagagens, combustível ou até mesmo pessoas
Da Redação – Com temperaturas recordes em vários pontos do país, que incomodam os passageiros e têm interferido em voos, o “Departamento de Transportes dos EUA”, que aponta atrasos causados por tornados, tempestades de neve ou furacões, disse em comunicado que pela primeira vez, o “calor extremo” tem sido motivo de preocupação nos aeroportos.
As condições meteorológicas, é um assunto em pauta, entretanto, as companhias aéreas se dizem aptas para contornar a situação – mesmo com alguns atrasos –, e esperam transportar 271 milhões de passageiros em todo o mundo neste verão – aumento de 6,3% em relação à temporada passada.
O mês de julho foi considerado o mais quente da história dos EUA, e na semana passada, segundo boletins meteorológicos, bateu recordes de calor planetário por dois dias consecutivos. No entanto, a indústria da aviação vem se adaptando a “um novo normal” de temperaturas escaldantes durante o movimentado período de viagens de verão. Disse Kevin Burke, presidente e CEO do “Airports Council International – North America”, as companhias aéreas enfrentam riscos de segurança e desafios operacionais.
As altas temperaturas às vezes exigem que os aviões reduzam seu peso antes de decolar, eliminando bagagens, combustível ou até mesmo pessoas, enfatiza Robert Thomas, professor assistente da “Embry-Riddle Aeronautical University”, em Daytona Beach. Fazer esses ajustes antes da decolagem “também pode causar atrasos e irritar os passageiros”, admitiu.
Nos dias em que as temperaturas sobem mais do que o esperado, os aviões às vezes queimam combustível na pista para reduzir o peso. Mas há um limite de quantidade que eles podem incinerar antes que não haja mais o suficiente para chegar ao destino. Altas temperaturas podem representar desafios mecânicos, disse Thomas.
Curso obrigatório
John Trierweiler, funcionário do “Departamento de Aviação”, ressalta que trabalhadores do setor aéreo fazem um curso obrigatório de segurança térmica. Portanto, durante o calor extremo, o aeroporto incentiva os funcionários a se manterem hidratados, fazerem pausas frequentes e, se trabalharem ao ar livre, se refrescarem dentro de casa a cada hora. Os passageiros também são incentivados a usar as estações de água do aeroporto para se manterem hidratados.
E mesmo diante de eventos inesperados com o calor excessivo, as companhias aéreas seguem com seus trabalhos, mantendo os aviões resfriados, ligando o ar condicionado no solo e pedindo aos passageiros que fechem as persianas e abram as aberturas de ventilação na chegada. “Estamos cientes do problema e temos tomado medidas para manter as bebidas a bordo mais frias”, disse Trierweiler.
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