
O “Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA” divulgou que o número de sem-abrigo no país aumentou quase 20% em 2024. Na Flórida Central, a taxa de desabrigados disparou com efeitos de furacões
Da Redação – De acordo com o relatório anual do “Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA”, publicado na sexta-feira (20), o número de sem-abrigo no país aumentou quase 20% em 2024 em relação ao ano passado, trazendo preocupação às autoridades. O estudo, que se baseia em dados de janeiro de 2024, revelou que mais de 770 mil pessoas ficaram sem teto numa única noite, o que representa mais 18% do que em 2023.
Na Flórida Central, a “Homeless Services Network” relatou que, devido ao aumento das taxas de aluguel e apartamentos danificados durante dois furacões recentes, a taxa de desabrigados em Orlando disparou. A cidade investiu mais de US$ 3,8 milhões a cada ano em agências parceiras para apoiar programas que fornecem abrigo de emergência, ponte e moradia permanente, serviços de apoio e gerenciamento de casos contínuos para aqueles que vivem sem-teto.
O prefeito Buddy Dyer ajudou a defender e formar a primeira “Comissão Regional de Desabrigados”, um sistema de atendimento aos sem-teto projetado para garantir que qualquer episódio de falta de moradia seja raro, breve e singular, desenvolvendo um plano regional para abordar as questões centrais.
No âmbito geral do país, em relação aos desabrigados, o “Departamento de Habitação” garantiu que, nas comunidades que receberam requerentes de asilo e imigrantes ou que sofreram uma catástrofe natural, foram registrados dados mais elevados de sem-abrigo.
“A imigração teve um impacto notável na percentagem de famílias sem-abrigo, que se aproximava dos 39% no seu último registro”, refere o comunicado. Nas 13 comunidades que relataram ter recebido imigrantes, as famílias sem-abrigo duplicaram, enquanto nas outras 373 o número não atingiu os 8%.
Altos preços de imóveis
Com a inflação persistente e os altos preços dos imóveis, o país estima que 771.480 pessoas viviam em situação de rua em janeiro de 2024. O aluguel médio nos EUA em janeiro de 2024 era 20% mais alto do que no mesmo período de 2021. E além dos custos com moradia, o relatório destacou os “salários estagnados entre famílias de renda média e baixa, e os efeitos persistentes do racismo sistêmico” como outros fatores.
Desastres naturais que desalojaram famílias e o aumento da imigração também foram elencados como fatores determinantes para o problema. Outro ponto crítico identificado pelo relatório foi o fim dos programas de proteção de renda e proibição de despejo que haviam entrado em vigor durante a pandemia de Covid-19.
O relatório também indica que pessoas negras continuam a ter participação desigual na fatia das pessoas sem moradia nos EUA. Enquanto este grupo representa 12% da população do país, elas constituem 32% das pessoas em situação de rua. Já latinos e hispânicos representam 30,6% das pessoas sem moradia nos EUA, o equivalente a 235 mil pessoas.
Os estados americanos da Califórnia e Nova York lideram a lista de cidadãos sem moradia em números absolutos, com 187 mil e 158 mil pessoas, respectivamente. A Califórnia é também o estado onde a maior parte deste grupo (66%) vive de fato nas ruas, sem amparo em abrigos.
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