Silvio Santos, aos 93 anos, morreu na madrugada deste sábado (7). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, no bairro do Morumbi, em São Paulo, para tratar um quadro de H1N1. O Brasil está triste, chora no adeus ao animador
Da Redação – O Brasil chora, está de luto! Morre o apresentador Silvio Santos, aos 93 anos, na madrugada deste sábado (7). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, no bairro do Morumbi, na zona Sul de São Paulo, para tratar um quadro de H1N1, subtipo da influenza A. A informação foi divulgada pelo SBT nas redes sociais.
As filhas e esposa do Senor Abravanel, Silvio Santos, se encontravam no hospital Albert Einstein – no momento da publicação desta matéria –, onde a imprensa se reunia em busca de mais informações. Um tumulto generalizado acontece em São Paulo. Em contrapartida, as famosas “colegas de auditório”, em todo o Brasil, estão inconsoláveis e dizem que o Brasil ficou triste, “perdeu a sua alegria aos domingos.”
As emissoras de rádio e televisão no Brasil, além das redes sociais, estão voltadas para o que se considera um fato de grande relevância, apesar de se tratar da morte do maior apresentador de todos os tempos.
Presença marcante na televisão brasileira, destacando-se com o “Programa Silvio Santos”, que apresentou desde a estreia, em 1963, até o fim da vida. O animador foi um típico self-made man, começando sua vida profissional como camelô, ainda adolescente. Também criou um bar na barca Rio-Niterói, onde vendia anúncios por meio de um auto-falante, e atuou como locutor comercial da Rádio Nacional.
Com talento visível para o entretenimento e os negócios, no início da década de 1960 ele apresentava seu primeiro programa televisivo, o “Vamos brincar de forca”, da TV Paulista. Passou pela Globo e pela extinta Rede Tupi até conseguir sua própria emissora, o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), onde se firmou como apresentador.
Grupo Silvio Santos
O SBT faz parte do Grupo Silvio Santos, um conglomerado de mais de 34 empresas que inclui a Liderança Capitalização (administradora do título Tele Sena), a marca de cosméticos Jequiti e a TV Alphaville.
Obstinado e criativo, Santos não desistiu até ter uma emissora para chamar de sua, como contou à revista Veja, em abril de 1971. “Hoje, eu tenho um único interesse: comprar as concessões dos canais 2 e 9, cassados pelo governo no ano passado. Meu objetivo é ter uma emissora, e vou ter. Comecei minha carreira como locutor, como um soldado, e gostaria de terminar como um marechal. Só no dia que eu tiver uma emissora de TV me sentirei realizado. Se perder algum dinheiro nisso, não faz mal.”
Seguindo esse caminho, em 1973 pediu para ficar com as autorizações que antes pertenciam à extinta TV Excelsior, mas o pedido foi rejeitado pelos militares, que à época governavam o país. Incansável, anos mais tarde, em 1975, Silvio Santos conseguiu a sonhada concessão do canal 11 (TVS), do Rio de Janeiro, como relatado no livro “Silvio Santos: a biografia”, de 2017, de autoria de Marcia Batista e Anna Medeiros.
Irreverente, criativo e bem-humorado, Santos criou um estilo único de apresentar programas de entretenimento na televisão. O sucesso trouxe retorno financeiro: seu patrimônio líquido foi estimado em 1,3 bilhão de dólares, em 2013 e colocou Silvio Santos como destaque entre os bilionários da revista “Forbes”.
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