
Nesta quinta-feira (19), deverá ocorrer o maior êxodo – cerca de 230 famílias –, que devem deixar os quartos de motéis cedidos pelo governo, com o fim de tolerância de 80 dias. A maioria não tem para onde ir
Da Redação – A situação se complica para centenas das pessoas em situação de rua em Vermont, que devem deixar os quartos de motéis financiados pelo estado onde estavam morando. O governo na Flórida informa que foi encerrado o programa de vale-motéis da era da pandemia, portanto, a ordem é para que famílias saiam quanto antes. A medida está gerando protestos de líderes municipais e defensores que dizem que muitos não têm para onde ir.
Nesta quinta-feira (19), deverá ocorrer o maior êxodo – cerca de 230 famílias –, que devem deixar os quartos de motéis, já que o período de tolerância de 80 dias que a Legislatura impôs a partir de julho, se encerra. Os afetados, incluindo familiares, pessoas com deficiência, idosos, grávidas, além de indivíduos que sofreram violência doméstica ou um desastre natural, como um incêndio ou uma enchente, vão para as ruas.
A escassez de apartamentos para alugar em Vermont contribuiu para triplicar o número de moradores de Vermont em situação de rua entre 2019 e 2023, de acordo com um relatório estadual recente sobre moradia. Líderes da cidade e da vila dizem que o número de pessoas em situação de rua é de mais de 3.400, acima dos 1.100 relatados pelo estado em 2020.
Na área central de Vermont, nas cidades de Montpelier e Barre, cerca de 100 a 140 famílias deixarão os motéis neste outono. O estado estima que cerca de 1.000 famílias ficarão sem motéis em todo o estado, disse Jen Armbrister, gerente de caso de extensão do “Good Samaritan Haven” em Barre.
Os abrigos na área estão consistentemente cheios e os defensores estão correndo para encontrar moradia em um estado com uma crise habitacional que teve a segunda maior taxa per capita de moradores de rua do país em 2023, A avaliação é do “Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA.”
“Não posso dizer com quantas famílias conversei e disse que nunca queria ter essa conversa, mas que todos precisavam desocupar os apartamentos por ordem do governo. Sei que a maioria não tem para onde ir, e não há mais o que fazer. Apenas os colocar em uma lista para conseguir uma barraca e sacos de dormir. Mas não há nenhum lugar próximo para acampar”, ressalta Jen Armbrister.
Esta matéria é um oferecimento da Assureline Insurance