Cerca de 230 mil imigrantes que vivem em situação irregular nos EUA podem ser afetados com a deportação em massa anunciada pelo presidente eleito, Donald Trump. Clima de incerteza com as declarações do republicano para 2025
Da Redação – Imigrantes brasileiros, sem documentos, temem a deportação em massa no governo de Donald Trump, que assume a presidência em 20 de janeiro de 2025. Para a maioria, “vai começar a caça às bruxas”, afinal, o presidente eleito já avisou que irá recorrer à guarda nacional se for preciso para realizar o que ele denomina como “limpa de indesejados”.
A realidade é que cerca de 230 mil vivem em situação irregular no país e podem ser afetados. Analistas apontam o endurecimento na concessão de visto humanitário e oportunidade para mão de obra especializada. Com o retorno de Trump à Casa Branca, e sua promessa de promover “a maior deportação em massa história”, abordagem ostensiva de autoridades vão ocorrer, principalmente na Flórida, desencadeando a instabilidade, já sentida no primeiro mandato do republicano.
No âmbito da educação, as universidades americanas alertam alunos estrangeiros de férias no exterior para voltarem aos EUA antes que Trump assuma o poder. “Todos os estudantes estrangeiros estão preocupados neste momento”, disse Chloe East, professora da “Universidade do Colorado” em Denver.
Mais de 400 mil estudantes sem documentação estão matriculados no ensino superior nos EUA, segundo o “Portal de Imigração de Educação Superior”. Os alunos, “estão muito preocupados e estressados devido à incerteza em torno da imigração”, afirmou a professora Chloe East. “Eles estão preocupados com seus vistos e com a possibilidade de continuar seus estudos”, acrescentou.
A “Universidade de Massachusetts” emitiu neste mês um alerta de viagem para seus estudantes e professores estrangeiros, para que “considerem seriamente” retornar ao campus após as férias de inverno, antes de Donald Trump assumir o cargo.
“Com base na experiência anterior com as proibições de viagem implementadas durante o primeiro governo Trump, em 2016, o ‘Escritório de Assuntos Globais’ está fazendo este alerta por precaução”, disse a universidade em comunicado.
Outro ponto, é que funcionários ligados ao futuro governo republicano sugeriram que serão construídas grandes instalações de detenção para imigrantes sem documentos à espera de deportação.
Tom Homan, futuro “czar da fronteira”, afirmou que criminosos violentos e pessoas que representem uma ameaça à segurança nacional serão a prioridade da operação. No entanto, isso não aliviou as preocupações no ensino superior.
A verdade é que ninguém em sã consciência – isso se referindo aos imigrantes sem documentos – acredita que haverá alguma anistia ou algo assim. Pelo contrário: Trump volta ao poder com “sangue nos olhos”, disposto a cumprir o que disse aos americanos na campanha contra os imigrantes: “Vou resgatar Aurora e todas as cidades invadidas! Vamos expulsá-los do nosso país.”
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