Como lidar com o coronavírus e ajudar nossas famílias

Como lidar com o coronavírus e ajudar nossas famílias

Edição de março/2020 – p. 32

Como lidar com o coronavírus e ajudar nossas famílias

A pandemia do Covid-19 aconteceu por duas razões:

  1. o vírus é novo, agressivo, rápido e perigosamente progressivo (sem relação com a gripe comum) e, como tal, encontrou o mundo desprevenido, sem a devida e imediata assistência médica;
  2. a falta de cuidados pessoais, como resultado de uma deficiente ou inexistente informação, a negação e a minimização, em nível individual, familiar e comunitário.

À medida que se propaga, é natural que sintamos medo. Mas podemos nos proteger das seguintes formas:


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  1. Periodicamente (e só os minutos necessários), ter acesso a fontes de informação recentes (no quadro informativo). Conhecimentos adequados facilitam evitar e minimizar comportamentos de risco.
  2. Devemos evitar demasiada busca, leitura e conversas sobre o tema. Não queiramos ativar e exacerbar o nosso sistema nervoso desnecessariamente. Se já estamos informados, preenchamos o resto do nosso tempo com outras atividades.
  3. Devemos colocar a situação em uma perspectiva justa. O medo não deve exceder ao risco. Se já fizemos o que tínhamos que fazer para nos informar, mas continuamos com perguntas ou preocupações legítimas, contatemos um representante ou uma fonte de saúde de confiança (pesquise, porque há muita informação incorreta pela internet e onde menos esperaríamos). Informe-se com o pessoal de centros de saúde e hospitais.
  4. Lembremo-nos de que nosso corpo diariamente luta contra vírus e bactérias e geralmente “ganha” (embora não esteja imunologicamente preparado para o Covid-19). Assim, facilitemos esse processo natural de proteção com comportamentos preventivos, tais como: lavar as mãos por 20 segundos, com frequência; evitar tocar a boca, nariz, olhos; evitar tocar em outras pessoas (mesmo familiares, haverá tempo depois, quando esta crise abrandar ou desaparecer); mudar os sapatos à entrada de casa; evitar concentrações públicas (restaurantes, cinemas, centros comerciais); manter quatro metros de distância dos outros, sempre que possível; desinfetar as mãos sempre que utilizar objetos comuns como maçanetas, corrimões, telefone; usar máscara se estamos com resfriado ou com alguma doença infecciosa (as máscaras comuns protegem os outros, tais como as máscaras cirúrgicas que são utilizadas para proteger o doente – e não o médico -, de um espirro ou tosse; as máscaras precisam ser suficientemente ajustadas ao rosto, nariz e até olhos); dormir o suficiente; comer alimentos nutritivas como vegetais, legumes e frutas; fazer exercícios físicos; rir; relaxar e meditar.
  5. Notemos a diferença entre pânico e estar atento e precavido. Melhor não pensar no que pode acontecer, mas naquilo que podemos fazer agora para nos proteger e proteger a família. Se sentimos que a nossa ansiedade não é controlável e/ou que os nossos comportamentos estão afetando-nos ou aos outros, podemos pedir a ajuda de um profissional.
  6. Ajudemos a nossa família, especialmente as crianças a cooperarem com um plano de acordo com os pontos mencionados. Ponha uma tinta lavável nas suas mãos e demonstre-lhes que objetos indicam ter sido tocados. O vídeo da Unicef que referencio abaixo é muito explicativo. As crianças precisam de informação de acordo com suas idades. Tente responder francamente às suas perguntas, dando-lhes, ao mesmo tempo, a sensação de segurança e proteção. Faça-lhes mais elogios e gestos de ternura. Seja flexível na maneira como as crianças possam se comportar, pois o medo e a ansiedade podem apresentar-se como irritabilidade, falta de concentração e vontade de estar mais perto dos adultos, inclusive durante a noite. Lembre-se de que somos diferentes e que nem todas as crianças vão ter o mesmo comportamento. Ensine-lhes a não se compararem e a respeitarem a sua individualidade. Brinque com eles. Se tiverem que ficar de quarentena, crie rotinas de jogos, monte brinquedos Lego e quebra-cabeças, jogue cartas, brinque de teatro. Convide-os a escrever a parentes, com desenhos, poemas ou histórias sobre eles; e a fazer reportagens com vídeos nos seus telefones. É importante que os adultos fiquem calmos, normalizando as suas perguntas e ansiedades (crie um momento por dia para essas perguntas e respostas). Aprendam a fazer yoga e a meditar. Mantenha o maior número de rotinas. Filtre as notícias para que as crianças não estejam expostas à informação para adultos. Se puderem, caminhem ou andem de bicicleta juntos.

Mesmo que não falem inglês, as imagens ajudam as crianças a entenderem como os vírus fogem do sabonete, isto é, para exemplificar, puseram um prato com pimenta (como se fosse com vírus) e outro com sabão. A criança consegue ver a diferença de como o vírus reage ao seu dedinho com e sem sabão.

Informações úteis

Para mais informações, consultem: https://www.infectologia.org.br/

Página da Organização Mundial de Saúde: https://www.who.int/

E do Centro de Controle de Doenças:

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/about/related-stigma.html,

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/about/coping.html,

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/about/coping.html#for-parents

https://www.cdc.gov/childrenindisasters/helping-children-cope.html

Pessoalmente, recomendo: http://www.unicef.org/coronavirus/how-talk-your-child-about-coronavirus-covid-19

Boa saúde!



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