Pelé, morreu às 15h27 desta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon. Brasil está em silêncio!
Da Redação – Morre Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, reverenciado nos quatro cantos do planeta pelos seus gols históricos, denotando brilhantismo diante de adversários. Aos 82 anos, cercado pelos filhos e netos, o rei do futebol nos deixou nesta quinta-feira (29), em São Paulo, onde estava internado há um mês, no Hospital Albert Einstein, em tratamento de um câncer.
Segundo boletim médico, o camisa 10 da Seleção Brasileira morreu às 15h27, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia. Houve silencio entre os repórteres que se encontravam à frente do hospital quando a morte de Pelé foi oficializada. O Brasil também se silenciou com a triste notícia.
Grandeza de Pelé
Edson Arantes do Nascimento nasceu em 23 de outubro de 1940, na cidade de Três Corações (MG). Era filho de Celeste Arantes com João Ramos do Nascimento, jogador de futebol, chamado de Dondinho, com passagens pelo Fluminense e Atlético Mineiro. Ele incentivou o filho, que mais tarde seria um ídolo mundial.
Pelé começou sua carreira profissional no Santos com apenas 15 anos, estreando seu primeiro gol em partida contra o Corinthians de Santo André. Curiosamente, seu apelido no Santos era “Gasolina”, nome que perduraria por pouco tempo e que seria substituído por seu apelido de infância: Pelé.
E com apenas 16 anos, fez sua estreia como profissional, e se tornou titular absoluto do Santos – foi o artilheiro do Campeonato Paulista de 1957 (com 17 gols), e ajudou o Brasil a conquista a “Copa Rocca.”
Sua atuação chamou a atenção do técnico Vicente Feola, que o convocou para a Seleção Brasileira, para a Copa de 1958, contrariando um psicólogo da época que afirmava que Pelé era muito jovem para a Seleção: “Você pode estar certo, mas não sabe nada de futebol, e eu vi o Pelé jogando”, apostou Feola.
Pelé e Garrincha formaram em campo a “dobradinha dos sonhos”, arrebatando os adversários e consagrando o Brasil como campeão do mundo. Com apenas 17 anos, ele volta ao Brasil e ao Santos com status de estrela, com o título de melhor jogador jovem da Copa de 1958. Iniciava o seu reinado, eleito pela imprensa mundial como “rei do futebol”.
Entre tantas conquistas, destaque à Copa de 1970, no México, quando Pelé tinha 29 anos e sabia que poderia ser sua última atuação na Seleção Brasileira. Teve um desempenho elogiado pela imprensa esportiva, jogando em uma equipe que tinha estrelas como Tostão, Rivellino, Gérson e Jairzinho. Foi o ápice de sua carreira e o Brasil subiu ao pódio como tricampeão do mundo.
Jogou nos EUA
O rei também jogou nos EUA, em 1974, na equipe do “New York Cosmos”, que ofereceu a Pelé um contrato de três anos com salários de US$ 2,8 milhões por ano, se tornando o jogador o mais bem pago do mundo até então. O estádio lotava para ver Edson Arantes do Nascimento jogar, um recorde de público – o “Cosmos” faturou o Campeonato Nacional de 1977.
A fama proporcionou a Pelé encontros com o presidente dos EUA, Ronald Reagan, e a homenagem na célebre série de serigrafias de Andy Warhol, colocando-o no mesmo patamar de Marylin Monroe e Elvis Presley.
E antes de sua despedida oficial dos gramados, no dia 1º de outubro de 1977, Pelé foi homenageado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Claro, emocionando, chorou e agradeceu a todos que acreditaram no seu potencial em campo. O Brasil agradece, Pelé!
