Atores de ‘Romeu e Julieta’, de 1968, processam ‘Paramount’ por nudez infantil

Olivia Hussey e Leonard Whiting, com 15 e 16 anos respectivamente, em cena de “Romeu e Julieta”. Foto/Divulgação

Olivia Hussey e Leonard Whiting, estrelas do filme “Romeu e Julieta”, épico de 1968, entraram com um processo na terça-feira (3), contra “Paramount Pictures”, em US$ 500 milhões por abuso infantil e distribuição de imagens

Da Redação – Os atores, Olivia Hussey e Leonard Whiting, que estrelaram em 1968 o romance épico “Romeu e Julieta”, sucesso de bilheterias na ocasião, entraram com um processo na terça-feira (3), contra a “Paramount Pictures”, em mais de US$ 500 milhões, por causa de uma cena de nudez no filme, filmada quando eram adolescentes. Olívia, hoje com 71 anos, tinha apenas 15 anos, e Leonard Whiting, com 72 anos, estava com 16 anos quando as cenas foram feitas.

A ação que está no “Tribunal Superior do Condado de Los Angeles”, alega abuso sexual, assédio sexual e fraude. O diretor Franco Zeffirelli, que morreu em 2019, inicialmente disse aos atores na época que usariam roupas íntimas, da cor da pele, na cena do quarto – que aparece no final do filme. E o diretor, segundo eles, não cumpriu como combinado, deixando-os completamente nus.


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Mas na manhã da filmagem, Zeffirelli disse a Whiting, que interpretou Romeu, e Hussey, que interpretou Julieta, que eles usariam apenas maquiagem corporal, garantindo-lhes que a câmera seria posicionada de forma a não mostrar nudez, segundo ao terno.

No entanto, eles foram filmados nus sem seu conhecimento, em violação da Califórnia e das leis federais contra indecência e exploração de crianças, diz o processo.

Zeffirelli disse a eles que deveriam atuar nus “ou o filme falharia” e suas carreiras seriam prejudicadas, disse o processo. Os atores “acreditavam que não tinham escolha a não ser atuar nus com a maquiagem corporal exigida”. As nádegas nuas de Whiting e os seios nus de Hussey são mostrados brevemente durante a cena.

O filme e sua música-tema foram grandes sucessos na época e foram exibidos para gerações de alunos do ensino médio que estudam a peça de Shakespeare desde então. O processo judicial diz que Hussey e Whiting sofreram danos emocionais e angústia mental por décadas, e que cada um teve carreiras que não refletiam o sucesso do filme.



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