
“Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles (foto Divulgação), levou o Oscar de “Melhor Filme, Internacional”, na noite de premiação em Los Angeles, reacendendo a força do cinema brasileiro no mundo. Um domingo dourado
Da Redação – Foi uma noite dourada para o Brasil, no domingo (2), com a vitória do filme “Ainda Estou Aqui” (“I’m Still Here”), que ganhou o Oscar de “Melhor Filme Internacional”, reacendendo a força do cinema brasileiro no mundo. O longa de Walter Salles desbancou produções importantes como, “A Garota da Agulha’, “Emilia Pérez”, “A Semente do Fruto Sagrado” e “’Flow”. O filme concorreu em outras duas categorias: “Melhor Atriz”, a Fernanda Torres, e “Melhor Filme”, mas perdeu em ambas para “Anora.”
Um momento histórico para o Brasil – vitória anunciada pela atriz Penélope Cruz –, quando o diretor Walther Salles discursou com a estatueta dourada em mãos, enaltecendo Eunice Paiva – personagem real central de “Ainda Estou Aqui”. Ele elogiou as atuações de Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, “mulheres extraordinárias que deram vida a Eunice Paiva”, destacou.
“Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário”, ressaltou Salles, que também citou Tom Bernard e Michael Baker, executivos da “Sony Pictures Classic”, produtora internacional do filme.
A premiação que aconteceu no tradicional Teatro Dolby, sob o comando do humorista e apresentador Conan O’Brien, em Los Angeles, conduziu o Brasil ao pódio, momento em que brasileiros celebraram, em vários pontos do país, em ritmo de Copa do Mundo, inclusive, no Sambódromo do Rio de Janeiro, durante os desfiles das escolas de samba.

Fernanda Torres não levou o Oscar de “Melhor Atriz”, que ficou para a novata Mikaela Madison Rosberg, de “Anora”, mas construiu uma carreira de destaque em Hollywood, em apenas dois meses. A brasileira despertou a atenção de cineastas americanos e italianos, com proposta de futuros trabalhos nos EUA.
Inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” é um filme contado e executado, com performances excepcionais que conquistaram ascensão no Oscar. O longa conta a história real de Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres, advogada e ativista que passou 40 anos procurando a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello). O ex-deputado federal foi assassinado durante a ditadura militar.
Filmes premiados
A premiação do Oscar 2025 ficou assim definida: Filme internacional, ‘Ainda estou aqui’ – Brasil; Melhor filme, ‘Anora’; Atriz, Mikey Madison – ‘Anora’; Direção, Sean Baker – ‘Anora’; Ator, Adrien Brody – ‘O Brutalista’; Trilha sonora, ‘O Brutalista’; Fotografia, ‘O Brutalista’; Filme de curta-metragem, I’m not a robot’; Efeitos visuais, ‘Duna: Parte 2’; Som, ‘Duna: Parte 2’; Documentário, ‘No other land’; Documentário de curta-metragem, ‘The only girl in the orchestra’; Canção original, ‘El Mal’ – ‘Emilia Pérez’; Direção de arte, ‘Wicked’; Atriz coadjuvante, Zoe Saldaña – ‘Emilia Pérez’; Roteiro original, ‘Anora’ e Ator coadjuvante, Kieran Culkin, ‘A Verdadeira Dor.’
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