O compositor, músico e humorista morreu na noite do sábado (25), aos 84 anos. Juca Chaves foi cremado no cemitério Parque Bosque da Paz, em Salvador. O “Menestrel do Brasil” deixa esposa e duas filhas
Da Redação – O Brasil se despede de Juca Chaves, compositor, músico e humorista que cultivava a paródia, no estilo modinha, com críticas ácidas no âmbito político. Ele morreu na noite do sábado (25), aos 84 anos, e foi cremado no cemitério Parque Bosque da Paz, em Salvador – cidade onde residia com a esposa, Yara Chaves, e duas filhas, Maria Moreno e Maria Clara, na região de Itapuã.
Lembrando que do célebre compositor Vinicius de Moraes, Juca Chaves recebeu o apelido de “Menestrel Maldito”, expressão que virou o título de um de seus trabalhos: “O Menestrel do Brasil”, reverenciado pelos seus admiradores.
Segundo diagnóstico médico do Hospital São Rafael, Juca teve complicações respiratórias. O prefeito de Salvador, Bruno Reis lamentou o ocorrido: “Perdemos um artista completo, que misturava música e humor de uma forma ácida e divertida. Amou Salvador, da mesma maneira que cativou a gente com seu jeito único”.
Já o ex-governador do Paraná, Álvaro Dias, declarou que Juca, “era dono de um humor inteligente e irreverente. “Rimos muito com ele”, publicou em sua rede social.
O São Paulo Futebol Clube, time pelo qual o artista torcia, fez uma homenagem ao compositor em seus perfis: “Além de importante figura artística nacional, Juca era torcedor do Mais Querido, e foi autor da música “Marchinha do São Paulo”, em homenagem ao clube do coração”.
Crítico da ditadura militar, Juca Chaves fez vários shows no período do regime, com a marca do humor e das modinhas, e chegou a exilar-se em Paris por dez anos durante o período político. O auge de sua carreira foi nas décadas de 1960, 1970 e 1980, quando lançou dezenas de discos.
Jurandyr Czaczkes Chaves é carioca, mas morava na capital baiana. Com formação erudita, ele iniciou a carreira na música no final da década de 1950. O artista é responsável pela música “Presidente bossa-nova”, que fazia referência ao presidente Juscelino Kubitschek.
