Manter equilíbrio entre direitos e responsabilidades

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FEV/2016 – pág. 03

editorial

Prestes a definir os candidatos oficiais, representantes de republicanos e democratas às eleições presidências dos EUA – em novembro próximo -, um clima de incerteza e as informações paralelas quanto à ação da polícia junto aos oficiais de imigração tiram o sossego dos indocumentados no país. Foi votada na Câmara Estadual da Flórida uma Lei que obriga os policiais de cidades dos Condados a reportar a prisão de imigrantes, numa espécie de caça às bruxas, checando pessoas, averiguando o seu status imigratório. E como se não bastasse isso, alguns blogueiros de plantão agiram de má fé, colocando lenha na fogueira, de forma irresponsável, alegando que o cerco irá se estreitar ainda mais, daqui pra frente, desencadeando a situação incapacitante de lidar com o inesperado. Em meio ao disse, que disse, as declarações do Senador Estadual, Miguel Diaz de la Portilla (R-Miami), de que os projetos de lei que visam combater a imigração ilegal na Flórida não serão avaliados pelo Comitê Judiciário do Senado, foi um alivio. A decisão do chefe do Comitê Judiciário do Senado praticamente elimina as propostas. Óbvio que lutar pelos nossos objetivos, em nenhum momento cruzar os braços e não esperar que outros resolvam por nós, é relevante. Entretanto, defrontar-se com o adverso de pessoas que propagam o medo extremo, é, no mínimo, extenuante. O instante delicado da judicialização de questões políticas fundamentais para o futuro dos imigrantes no país requer prudência de cada um de nós. É imprescindível que a Comunidade esteja unida – fortalecida no propósito de aguardar com positivismo o que está por vir.


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Outro elemento surpresa foi à morte de um dos mais conservadores membros da Suprema Corte dos Estados Unidos, Antonin Scalia, o que poderá alongar o período das votações aos decretos de lei do Presidente Barack Obama – até então previstos para o final de junho. Fala-se, no entanto, em duas supostas opções nada favoráveis aos imigrantes: atraso nas votações ou empate na Suprema Corte. Enquanto isso, cinco milhões de sonhos esperam sair das sombras e galgar a vitória. Mas não devemos nos esquecer dos oportunistas de plantão, aqueles que usufruem do poder de persuasão para fraudar, com soluções milagrosas, saqueando o bolso de trabalhadores desprovidos de conhecimentos necessários para se precaver contra o perigo iminente. Brasileiros foram lesados, famílias dizimadas com a promessa de receber a documentação. Combater o caos é um compromisso de cada um de nós.

Há tempo para todas as coisas, portanto, não se esquecer dos que estão na fila de espera pela legalização é ponto fundamental para que essa corrente de integração cresça e, como numa cooperativa, todos se ajudem mutuamente. Como isso é possível? Contribuir, buscar informações, orientar e demonstrar reciprocidade a uma causa delicada, envolvendo a expectativa de milhões de pessoas que apostam em dias melhores. E mesmo sobrepondo às opiniões nefastas, que alimentam suposta derrota, ainda assim é recomendável manter-se pacífico, de cabeça erguida. É substancial preservar o equilíbrio vital entre direitos e responsabilidades que apenas os cidadãos podem ter.

E como a fila não para, os que já conseguiram a cidadania, tem como um de seus direitos a votação na escolha de nosso futuro presidente. Neste momento fundamental , que não se esqueçam que um dia já passaram por tudo isso, e que façam a escolha mais sensata, para o bem de toda comunidade imigrante.


WaltherAlvarenga

Walther Alvarenga



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