Turista brasileiro ainda não recebeu sinal verde para voltar aos EUA; agências aguardam
As restrições de entrada de turista brasileiro nos EUA, com a variante do coronavírus, é um fator preocupante às agencias de turismo, que se mantêm em compasso de espera. Em janeiro deste ano, esse número foi de apenas cinco mil – contra 18 mil da Argentina, por exemplo –, o que coloca o Brasil na 23ª posição em 2021
Da Redação
Às agências de viagem do Brasil, e mesmo dos EUA, aguardam pelo controle da segunda onda da Covid-19, objetivando a volta da circulação de turistas brasileiros nos aeroportos – prazo ainda indefinido até o momento. E mesmo com a insistência de famílias do Brasil – estudantes, executivos e profissionais da área de comunicação –, que optam pela quarentena para entrar no país, o número de visitantes brasileiros, que até 2019 somava mais de dois milhões em média anual, caiu para 423.069. A divulgação desses dados é do “International Trade Administration”.
Outro fator preocupante são as restrições ao visitante brasileiro, reflexo não só do surgimento de uma variante da doença no Brasil, mas também porque o país se aproxima das duas mil confirmadas na média móvel diária. Atualmente, pouco mais de 20% dos novos óbitos por Covid-19 no mundo foram registrados no Brasil – primeiro lugar nesse ranking.
A previsão, no entanto, era manter o ritmo de dois milhões e chegar a 2,6 milhões em 2024. Mas com a restrição de entrada de turistas brasileiros decretada em maio do ano passado, e ainda em vigor por tempo indeterminado, e o impacto econômico causado pela pandemia, os brasileiros estão bem abaixo nas estatísticas.
Em janeiro, o turista brasileiro gastou US$ 308 milhões no exterior, ante US$ 1,4 bilhão no mesmo mês do ano passado, quando a doença ainda não era uma realidade no país, segundo dados do Banco Central.
Na contramão de Brasil, África do Sul e Reino Unido estão Chipre, Bulgária e Nova Zelândia (todos com 80 restrições severas) como os países com menos dificuldade para transitar no exterior neste momento.
Para que o leitor tenha noção do impacto, em janeiro deste ano esse número foi de apenas cinco mil (contra 18 mil da Argentina, por exemplo), o que coloca o Brasil na 23ª posição em 2021, mas quarto colocado no ano passado.
No total, os EUA caíram de cerca de 80 milhões de visitantes em 2019 para 19,4 milhões em 2020, sendo 7,6 milhões de longa distância e o restante divididos entre México e Canadá. O México enviou 1,1 milhão de visitantes por ar e 7 milhões por terra. O Canadá, 2,6 milhões por via aérea e 4,8 milhões cruzando fronteiras terrestres.
Os maiores emissores de turistas em 2020 foram Reino Unido, com 730 mil, queda de 85%; Japão, com 697 mil e queda de 81%; Coreia do Sul, com 439 mil e diminuição de 81%; Brasil, com 423 mil e -80%; e China, com 378 mil e queda de 87%.
Completam a lista, Índia (335 mil), França (298 mil), Alemanha (293 mil), Colômbia (270 mil) e Austrália (208 mil). Somente a Colômbia teve uma diminuição mais distante dos 80%, com 71% menos turistas enviados.
Os melhores meses para o receptivo internacional americano foram janeiro (-1% em relação a 2019), fevereiro (-2%), março (-50%) e dezembro (-83%), que indica leva melhora diante da queda nos piores meses da pandemia. Os piores meses foram abril e maio, com queda de 96% frente a 2019. Queda total do ano foi de 76%. Com informações do Portal Panrotas.
Controle de vistos
Em contrapartida, a Embaixada dos EUA e os Consulados no Brasil cancelaram as entrevistas rotineiras de visto de imigrante e não imigrante e vão voltar a oferecer serviços essenciais e de visto de emergência, conforme os recursos e as condições locais permitirem. “Retomaremos os serviços de visto o mais rápido possível, mas não podemos fornecer uma data específica até o momento”, diz o comunicado.